O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e a Polícia Civil realizaram na manhã desta sexta-feira, 22 de março, a Operação Continuum, que cumpriu 14 mandados de prisão e de busca e apreensão contra sete integrantes de organização criminosa com atuação no sistema prisional. As medidas foram autorizadas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Brasília e executadas no Distrito Federal e em São Paulo.
Esta é a sétima operação voltada ao enfrentamento das atividades de facções criminosas na região do Distrito Federal e entorno. O nome faz referência ao contexto investigatório que fundamentou a intervenção, iniciado com a Operação Fora do Ar, que na ocasião foi deflagrada em curto período de tempo em razão do planejamento de incêndios em transportes coletivos e atentados contra autoridades e servidores públicos locais pelos membros do grupo criminoso.
As apurações foram conduzidas pela Divisão de Repressão às Facções Criminosas da Cecor/PCDF e contaram com o apoio dos promotores do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Nupri/MPDFT).
De acordo com as investigações, nove dos onze integrantes exerciam funções de liderança na Capital Federal. As provas reunidas pelos investigadores demonstram articulação entre os faccionados e discussão sobre os mais variados assuntos, como o tráfico de entorpecentes (atividade principal da organização criminosa); a cooptação de adolescentes para futura integração ao grupo; a implementação de um “setor do paiol”, para a aquisição de armas; e as movimentações ocorridas no sistema prisional, cujas tratativas já consideravam a possível vinda de outras lideranças nacionais ao Presídio Federal do DF.
Iniciativas visam evitar instalação de facções no DF
No ano passado, o Nupri e a Difac/PCDF realizaram quatro operações contra faccões criminosas que tentam se instalar no Distrito Federal. Recentemente, o MPDFT integrou uma ação nacional contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC); do Comando Vermelho (CV), do Terceiro Comando Puro (TCP), da Amigo dos Amigos (ADA); do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e da paraibana Okaida RB, uma dissidência da Okaida.
Com o mesmo objetivo, já foram realizadas as operações Tabuleiro, em 2014; Palestina (51 denunciados), em 2015; e Legião (54 denunciados), em 2016. Em 2018, também foram realizadas as operações Prólogo (23 denunciados), Hydra (60 denunciados) e Fora do Ar, que cumpriu 16 mandados de prisão e de busca e apreensão.
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