Reinaugurado em 2015, o espaço onde funciona o Teatro do Perdiz terá a doação oficializada em nome da filha do idealizador
Para a assinatura do documento, foi condicionado ao donatário receber ao menos doze espetáculos artísticos por ano, sob pena de que o imóvel retorne para a posse das empresas doadoras. Perdiz também fez um pedido, que a escritura seja no nome da filha, em virtude de sua idade avançada. Representantes da empresa Ipê-Omni e da Empresa Cidade Empreendimentos Imobiliários, doadores do lote e responsáveis pela construção da nova estrutura farão doação a Julia Karla Perdiz.
O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural Roberto Carlos Batista considera que “a transferência da propriedade consagra a vitória da cultura, reivindicada pelos artistas da cidade e pelo próprio Perdiz, que há mais de 40 anos se sensibilizou com a arte e cedeu espaço em sua oficina mecânica para ensaios e apresentações. Merecem o reconhecimento, as empresas doadoras, a classe artística da cidade e o senhor José Perdiz. Em tempos de difícil valorização da arte, iniciativas como essas são dignas de registro”.
Impasse
Desde 2002, o MPDFT acompanha a situação do Teatro Oficina Perdiz. Na época, a Prodema iniciou uma investigação para analisar a importância do espaço e de suas atividades como patrimônio cultural, as condições mínimas de segurança e a ocupação do terreno. O local funcionou por 38 anos em área pública, na 708 Norte.
O impasse foi resolvido em 2008, por intermédio do Ministério Público, que reuniu instituições ligadas ao setor cultural e à ordem urbanística no âmbito federal e do DF em busca de soluções. O terreno foi doado pelas empresas Ipê Omni e Empresa Cidade Empreendimentos Imobiliários (antiga Cecin Sarkis), que adquiram o lote e edificaram as instalações.
Em 2015, o novo espaço, localizado na quadra 710 Norte, foi inaugurado. O teatro tem capacidade para até 80 pessoas, espaço para o palco e máquinas da oficina. As regras de acessibilidade e segurança impostas pelo Corpo de Bombeiros foram respeitadas. Além disso, o andar superior foi reservado para a residência de José Perdiz, que hoje tem 87 anos.
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