Acusado de assassinar a advogada Letícia Curado, Marinésio foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, mediante dissimulação, feminicídio e para assegurar impunidade de tentativa de estupro. Crime ocorreu em 23 de agosto, em Planaltina
Além do crime de homicídio quintuplamente qualificado, Marinésio também foi denunciado por tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver. Como qualificadoras do homicídio, o Ministério Público apontou feminicídio, motivo torpe, meio cruel, dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro crime.
O motivo é torpe porque Marinésio matou a vítima quando ela se recusou a manter relações sexuais com ele. O meio cruel utilizado foi a esganadura, que causa sofrimento intenso e desnecessário. A dissimulação ocorreu porque Marinésio fingiu trabalhar com transporte de pessoas e ofereceu carona à vítima. O feminicídio ficou evidenciado pelo profundo desprezo do denunciado pelo gênero feminino: ele atacava mulheres de forma reiterada para obrigá-las à prática de sexo ou de outros atos libidinosos não consentidos. Por fim, a vítima foi morta para assegurar a impunidade da tentativa de estupro.
Após matar Letícia, o denunciado foi até as margens da Rodovia DF 230, na altura do balão sentido Rajadinha, onde ocultou o cadáver dentro de uma manilha. Ele ainda furtou pertences da vítima: um relógio, um pendrive, uma necessaire e um aparelho celular. Os objetos foram apreendidos dentro do veículo de Marinésio quando ele foi preso em flagrante.
“É importante ressaltar a excelente investigação da Polícia Civil, especialmente da 31ª DP, que trabalhou incansavelmente para elucidar o crime. A celeridade da denúncia é resultado dessa dedicação das instituições”, completou o promotor de Justiça que atua no caso, Otávio Binato Júnior.
Relembre o caso
Em 23 de agosto de 2019, por volta das 8h, entre o Vale do Amanhecer e a DF 230, Marinésio abordou Letícia em uma parada de ônibus e ofereceu carona. Quando a vítima estava dentro do veículo, ele tentou forçá-la à prática de sexo. A vítima se recusou e reagiu. Marinésio então esganou Letícia, causando sua morte por asfixia, e depois ocultou o cadáver em uma manilha.
Processo 2019.05.1.004377-9
Confira aqui a denúncia.
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