Servidor envolvido no esquema foi preso preventivamente
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco/MPDFT) deflagrou, nesta segunda-feira, 23 de setembro, a terceira fase da Operação Trânsito Livre. A ação contou com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do DF e prendeu preventivamente servidor envolvido em esquema de corrupção que envolveria, mediante cobrança de propina, a retirada de multas e a devolução de carteiras de habilitação (CNH) apreendidas. Foram cumpridos também dois mandados de busca e apreensão: um no 3º distrito rodoviário do Departamento de Estradas e Rodagens (DER/DF) e outro na residência do preso.
Para o Ministério Público, a participação do agente consistia em fornecer a primeira via dos autos de infração para que os demais integrantes do grupo criminoso abordassem os infratores e solicitassem o pagamento de propina para que a infração não fosse inserida no sistema e a CNH apreendida fosse devolvida. Além disso, ele acessava os sistemas informatizados do DER e fornecia os números telefônicos para viabilizar o contato com os condutores autuados. O envolvimento do agente foi desvendado após o Ministério Público analisar os materiais apreendidos nas fases anteriores da investigação.
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 28 de agosto. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra três investigados, um deles servidor do DER/DF. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do DER e nas residências dos investigados. Na segunda fase da Operação, deflagrada em 31 de agosto, foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência de uma condutora que teria pago propina para retirada de multa e devolução de carteira de motorista apreendida. Durante as buscas, foram apreendidos um celular, uma via do auto de infração e outra do extrato do etilômetro, com a informação da recusa em se submeter ao teste do bafômetro.
O Ministério Público já ofereceu denúncia contra nove pessoas, quatro foram denunciados por organização criminosa e corrupção passiva e cinco por corrupção ativa. As investigações continuam em relação a outros funcionários públicos e condutores.
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