A família do acusado publicou informações falsas em rede social sobre o comportamento da vítima, mas a difamação foi afastada pelos jurados que condenaram o réu
O Tribunal do Júri de São Sebastião condenou a 13 anos e 4 meses prisão, inicialmente em regime fechado, Paulo Pierre de Rezende Júnior pelo assassinato de Mcdene Francisco da Silva. O crime ocorreu na madrugada do dia 12 de abril de 2020, na Vila do Boa, em São Sebastião. Paulo entrou na residência onde estava a vítima, conhecido como “MAC”, e o espancou com socos e chutes até que desmaiasse. Mesmo depois disso, continuou a agressão, inclusive com pisões na cabeça, até provocar a morte do agredido. O júri foi realizado nesta segunda-feira, 28 de junho.
A Promotoria do Tribunal do Júri de São Sebastião denunciou o réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com emprego de meio cruel. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por ciúmes, pois o réu acreditava que a vítima teria “dado em cima” de sua companheira, e causou sofrimento excessivo à vítima, espancada até a morte.
A defesa do réu alegou que o crime teria sido praticado em razão de relevante valor moral e apresentou versão de suposto abuso sexual contra uma criança como motivação. "A esposa do réu havia divulgado em uma rede social, após o crime, que a vítima era estuprador, e que havia molestado a filha. Mas ficou provado que trata-se de uma mentira. Não há registro de crime sexual cometido pela vítima, e os jurados recusaram a tese defensiva de crime privilegiado. A verdade dos fatos foi restabelecida, e o réu condenado pelo cometimento de um crime absolutamente brutal e torpe", explicou o promotor de Justiça Raoni Maciel.
Processo: 0701728-32.2020.8.07.0012
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