A escritora brasiliense Juliana Valentim venceu a edição do prêmio “Ler é Legal” do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deste ano. A cerimônia de premiação foi realizada nesta quarta-feira, 3 de novembro e Juliana recebeu um troféu, certificado e sua obra está exposta no Espaço Cultural da instituição. A Comissão Examinadora do prêmio avaliou o trabalho de 37 inscritos nesta edição do concurso.
“Honra foi a palavra que mais usei quando soube que tinha sido a vencedora do prêmio. Sei da qualidade e conheço alguns escritores que participaram da iniciativa. Minha carreira literária já tem um tempo, mas só tem um ano que me posicionei como escritora, estou aqui absolutamente honrada e certa de que o caminho que escolhi é o que devo seguir”, disse Juliana Valentim.
A procuradora-geral de Justiça, Fabiana Costa, fez uma reflexão sobre a importância da leitura para o desenvolvimento humano, enalteceu a importância do projeto para o MPDFT e destacou o empenho de todos os servidores responsáveis pela realização do prêmio “Ler é Legal”.
“O Ministério Público passou por um momento institucional muito delicado e contou com o apoio dos artistas. Que bom poder, agora, homenagear uma escritora. Meus parabéns pela coragem e força. Muito obrigada por nos proporcionar momentos sensíveis e tão importantes para nossa alma”, acrescentou.
Um dos idealizadores do “Ler é legal”, o promotor de Justiça Fausto Rodrigues de Lima fez um resumo sobre o projeto e os frutos que a iniciativa colheu ao longo dos anos. Ele também destacou seu desejo de ampliar o prêmio com a inclusão da categoria de livros infantis.
“Hoje celebramos a leitura e a literatura. Preciso agradecer a procuradora-geral, Fabiana Costa, pelo apoio e incentivo. Este projeto e nosso banco de escritores contribuem grandemente para a divulgação dos novos talentos e incentiva o hábito da leitura”, afirmou.
O coordenador administrativo das Promotorias de Justiça de Brasília II, Guará, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo e presidente da Comissão Examinadora, promotor de Justiça Nísio Tostes, comentou sobre a importância da leitura para a construção do senso crítico dos cidadãos.
“A leitura nos ajuda a não aceitar apenas a visão dos outros, mas criar a nossa própria opinião sobre os problemas que enfrentamos, sobre a realidade que vivemos e desafios que temos de enfrentar. Esse projeto reafirma a necessidade de desenvolvemos a cultura no Ministério Público, pois trabalhamos com o drama da vida humana e um projeto cultural desta magnitude representa leveza para todos nós”, finalizou.
A vice-procuradora-geral de Justiça do MPDFT, Selma Sauerbronn, e integrantes da família da escritora Juliana Valentim também participaram do evento.
Prêmio
O prêmio “Ler é legal” tem o objetivo de valorizar a produção literária do Distrito Federal e estimular a formação de leitores. Criatividade, originalidade, relevância do tema, clareza e a objetividade textual da obra literária foram os critérios utilizados pela comissão examinadora para a escolha da vencedora.
Comissão
A Comissão Examinadora foi composta por nove pessoas: o coordenador administrativo regional de Brasília II, Guará, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo, que é o presidente da comissão; o gestor do projeto “Ler é legal”; a chefe da Divisão de Cultura; dois integrantes indicados pela procuradora-geral de Justiça; um promotor de Justiça e um servidor do MPDFT indicados pelo presidente da comissão; e dois indicados pela equipe do projeto “Ler é legal” dentre pessoas que tenham contribuído com a iniciativa ou incentivado a leitura em geral.
Ler é legal
Desde 2016, o projeto incentiva a leitura e cria um espaço de diálogo, respeito e compreensão. A população que circula pelo edifício das Promotorias de Justiça de Brasília II tem à disposição 500 livros sobre temas variados para empréstimo. Basta escolher um exemplar, que pode ser devolvido em qualquer Promotoria de Justiça do Distrito Federal. A iniciativa também dispõe de um espaço infantil para que mães e pais possam deixar seus filhos entre os livros enquanto são atendidos, em observância a protocolos internacionais que tratam do acolhimento de famílias.
Em 2017, o projeto conseguiu introduzir a leitura como instrumento judicial na aplicação de penas a autores de infrações penais. A iniciativa foi vencedora do Prêmio IPL – Retratos da Leitura, na categoria Bibliotecas.
Assista o vídeo de homenagem à escritora:
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