Júri será no dia 23 de agosto. MPDFT propõe as qualificadoras de motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa das vítimas
O réu Deyvid Eduardo de Almeida Crispim será julgado novamente pelo Tribunal do Júri do Gama, no dia 23 agosto, pelos homicídios de João Vítor Rocha Carvalho, conhecido por “Galeguin”, de 18 anos, e de Flávio Maia Freitas, que tinha 14 anos na época do crime. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) obteve a condenação de Deyvid, inicialmente, a mais de 26 anos de reclusão, em maio deste ano, mas a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), que anulou a condenação e determinou a realização de um novo julgamento.
A denúncia do MPDFT propõe as seguintes qualificadoras: motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa das vítimas. O crime contra João Vitor teria sido motivado por “acerto de contas” antecipado, já que Deyvid teria participado de outro homicídio contra um amigo da vítima João Vitor. A prática dos crimes teria resultado em perigo comum já que os réus efetuaram vários disparos de arma de fogo em direção a uma aglomeração de pessoas que frequentavam o local de lazer. Além disso, as vítimas não tiveram como se defender pois foram surpreendidas pelos disparos dentro d'água quando tomavam banho na cachoeira.
Entenda o caso
O crime ocorreu na tarde do dia 3 de março de 2018, na cachoeira da Loca, na Vila Roriz, no Gama. Deyvid e um adolescente efetuaram vários disparos contra João Vítor e acabaram atingindo também o adolescente Flávio, que não tinha qualquer relação com os envolvidos.
O outro réu Eric da Silva Alencar, condenado a nove anos de reclusão, em julgamento realizado em maio deste ano, acompanhou os executores até o local, deu cobertura e fugiu com os dois.
Número do processo:0001570-13.2018.8.07.0004
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