Iniciativa busca fortalecer conceitos de integridade, ética e cidadania no ambiente escolar
O Dia D do projeto NaMoral deu início, nesta semana, ao “Jogo da Integridade'' nas 15 escolas públicas participantes. Os alunos embaixadores apresentaram as vivências do projeto para o fortalecimento da integridade e os padrinhos e madrinhas de cada instituição participaram de um bate-papo com os estudantes.
A primeira atividade prevista é a criação de um “Herói da Integridade”, que representará a escola durante o jogo. Outras iniciativas possíveis são a construção da biografia do herói; a decoração da escola; o “pegue e pague”, que é um sistema de autoatendimento em que cada pessoa pega os produtos que deseja e paga sem ninguém fiscalizar; a revitalização de espaços; e a organização de eventos para a comunidade. Ao final, vence a unidade de ensino que conseguir promover mais mudanças positivas no ambiente escolar.
A promotora de Justiça Cláudia Tomelin é a madrinha do CEF 427 de Samambaia. Para ela, o Dia D é um convite aos alunos para refletirem sobre suas ações, atitudes e habilidades. “É uma oportunidade para despertar sobre a importância do protagonismo que eles exercem na comunidade e mostrar que eles podem ser a mudança que querem para o mundo”, acredita.
Para a professora Maryluce Cardoso Alves, do CEF 427, a experiência será positiva para toda a comunidade escolar. “Além de ser importante para os alunos, o projeto também é significativo para a equipe de profissionais e para a comunidade. Com o apoio da direção, da coordenação, de apoiadores e de professores, pudemos dar início ao NaMoral, despertando interesse e empolgação de nossos adolescentes”, afirmou.
No CEF 03 de Brazlândia, a promotora de Justiça Luciana Bertini presenciou a alegria dos adolescentes com as atividades do Dia D. “Eles ainda estão em fase de retorno das atividades presenciais e contam com esse apoio. Fiquei muito feliz em ver os estudantes resgatando a capacidade de convívio presencial”, disse.
Segundo a promotora de Justiça Luciana Asper, uma das coordenadoras do projeto, o início do jogo é um dia de celebração e esperança. “Precisamos despertar para a verdade de que todos temos dons, talentos, virtudes, valores e habilidades capazes de ser esperança, resposta e alívio para o outro. Identificar, aperfeiçoar e compartilhar o que carregamos dentro de nós é um processo de construção da integridade”, resumiu.
Neste ano, participam do jogo NaMoral as escolas CEF 101 e CED 308 do Recanto das Emas; CEF Lobo Guará; CED 02 do Riacho Fundo; CEF 01 e CEF 03 de Brazlândia; CEF 32 e CEF 02 de Ceilândia; CEF 01 e CEF 03 de Planaltina; CEF 427 de Samambaia; CEF 12 de Taguatinga; CELAN, no Lago Norte; e CEF 01 e CEF 03 de Brasília.
NaMoral
A iniciativa do MPDFT busca disseminar valores relacionados à integridade, ética, cidadania e ao enfrentamento à corrupção. O projeto-piloto foi implementado em nove escolas públicas em 2019 e desafiou os estudantes, a partir de ferramentas de gamificação, a construir um ecossistema de integridade. Com ações que alcançaram toda a comunidade escolar, foram cerca de oito mil crianças e jovens impactados. Em 2020, a iniciativa recebeu o prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na categoria “Redução da corrupção”. Em 2020 e 2021, o projeto foi implementado em sua primeira versão virtual com estudantes universitários e também transformado em currículo pedagógico para o novo Ensino Médio. Professores de todas as regiões do Brasil receberam formação pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) para a implementação dos conteúdos.
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