Idealizado pela Prourb, mais de mil estudantes participaram das palestras que ocorreram em parceria com o projeto NaMoral em 2022
Idealizado pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), a iniciativa, que começou em 2019, com escolas de Samambaia, retornou às salas de aula em parceria, agora, com o projeto NaMoral. As duas atividades são focadas em valores de integridade e ética. “Nas palestras, usamos exemplos como uma carteira que está quebrada e como os estudantes podem cuidar daquele bem? E esses adolescentes passam a refletir acerca do cuidado e da revitalização dentro da própria escola como ponto de partida para que consigam projetar para que isso ocorra na própria cidade, em todos os espaços públicos que utilizam”, detalha a promotora de Justiça Yara Camelo, da Prourb.
“Essa parceria entre os dois projetos do Ministério Público reforça a compreensão sobre o cuidado com a escola, a comunidade, o bairro, a cidade e o país. Restaurar a sua escola e seu bairro é algo que faz parte do autocuidado, faz parte da autorresponsabilidade e deve ser natural para os estudantes. Vemos essa integridade altruísta de deixar legados que nem eles mesmos vão usufruir, mas deixar para a próxima geração e isso é muito impactante”, destaca a promotora de Justiça e idealizadora do projeto NaMoral.
O professor de educação física Francisco da Chagas falou que percebe nos alunos uma mudança de postura. “Já estamos vendo resultados pontuais, de um dia para outro, como no Pegue e Pague que tivemos resultados de honestidade surpreendentes, e isso é interessante porque às vezes eles mesmo acreditam e notam que são melhores do que pensavam”, compartilhou.
Revitalização
Uma das missões que o projeto NaMoral propõe é a restauração de um espaço público dentro da própria escola ou na comunidade local,
O aluno Gonçalves Lima, do 9° D, contou que o local escolhido foi a sala de cinema da escola, e as melhorias foram feitas com recursos arrecadados em outra missão do projeto, o pegue e pague. “Antes era só uma sala normal com cadeiras e uma vidraça que batia muito sol, e agora nós conseguimos melhorar a iluminação para conseguirmos enxergar melhor, também conseguimos aparelho de som. Ficou um espaço temático bem bonito, parece mesmo uma sala de cinema”. E aproveitou para sensibilizar os mais de cem estudantes presentes: “É necessário ter responsabilidade, pedimos a compreensão e conscientização, não é um espaço só dos que participaram da ação, é de todos e pedimos que não vandalizem, pois tem dinheiro nosso e a nossa luta”.
Conheça os projetos
Um passo no seu espaço
Para explicar o projeto aos estudantes, foi criado o personagem de desenho animado chamado Dududuá. Ele é um simpático tamaduá filhote que conta a história de como a pracinha próxima a sua casa tornou-se o seu lugar preferido. Explica que a comunidade se uniu para transformar o local, que estava abandonado e sujo. Com a união de todos, o espaço foi revitalizado e ganhou campo de futebol, parquinho e horta.
A essência do projeto é estimular o engajamento social para a revitalização, utilização e o cuidado com os espaços públicos. Outro objetivo é disseminar, a partir do trabalho nas escolas e para toda a comunidade local, valores como o pertencimento, envolvimento, sustentabilidade, qualidade de vida, e ainda, prevenção à violência e à criminalidade.
NaMoral
O projeto busca disseminar valores relacionados à integridade, ética, cidadania e ao enfrentamento à corrupção. O projeto-piloto foi implementado em nove escolas públicas em 2019 e desafiou os estudantes, a partir de ferramentas de gamificação, a construir um ecossistema de integridade. Com ações que alcançaram toda a comunidade escolar, foram cerca de oito mil crianças e jovens impactados. Em 2020 e 2021 foi realizado de maneira virtual com jovens universitários e este ano está sendo aplicado em 12 escolas públicas do DF. A premiação de 2022 do NaMoral para as escolas que mais se destacaram nas missões será realizada em 7 de dezembro, no auditório da Sede do MPDFT.
Em 2020, a iniciativa recebeu o prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na categoria “Redução da corrupção”. Em 2020 e 2021, o projeto foi implementado em sua primeira versão virtual com estudantes universitários e também transformado em currículo pedagógico para o novo Ensino Médio. Professores de todas as regiões do Brasil receberam formação pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) para a implementação dos conteúdos.
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