Quase 70% dos respondentes têm o transporte público como único meio de locomoção. Metade demora mais de uma hora para chegar ao destino; 69% avaliaram como péssima a lotação dos ônibus
Dos respondentes, 52% são mulheres, entre 21 e 30 anos, com Ensino Médio completo ou Ensino Superior incompleto; 60% ganham até três salários mínimos; 63% não utiliza gratuidade; 70% dependem do ônibus para se locomover. Metade dos usuários leva de uma a duas horas para chegar ao destino. Cerca de 68% avaliaram como ruim ou péssima a segurança do trajeto até a parada de ônibus e 60% dentro dos ônibus.
Também houve elogios. O atendimento dos motoristas e cobradores, bem como o sistema de integração foram elogiados pelos usuários. Esse último apontado como uma boa melhoria para a qualidade de vida das pessoas. O documento tem 75 páginas e traça o perfil dos usuários e de uso do transporte público coletivo. O questionário é dividido em cinco partes: tempo de viagem, segurança, estrutura e qualidade do serviço, atendimento e Sistema de Bilhetagem Automática (SBA). Clique aqui para preenchê-lo.
A procuradora-geral de Justiça do DF e Territórios, Fabiana Barreto, destacou a função do Ministério Público de atuar pela garantia dos direitos dos cidadãos, entre eles, o acesso ao transporte público, com qualidade e segurança. “A iniciativa é inédita e decorre do olhar atento às questões que afetam diretamente os cidadãos, em especial, os de baixa renda. Esforço empreendido pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e pela Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão, em parceria com o Instituto de Fiscalização e Controle”, completou.
Para a coordenadora executiva do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), Marjorie Lynn, o relatório joga uma lupa nos problemas mais críticos. “Recebemos daqueles que utilizam o serviço soluções muito boas, de baixo custo, para a melhoria do transporte público. Entre elas, a criação de um aplicativo para abastecer o cartão e controlar os gastos”, completou.
Projeto
De agosto a outubro de 2019, integrantes do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), com o apoio de voluntários, fizeram oito blitze para divulgar o projeto de auditoria cívica na Rodoviária do Plano Piloto, no Recanto das Emas, em Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga, na W3 Sul e na Universidade de Brasília, campus Darcy Ribeiro.
A iniciativa é a primeira auditoria cívica do transporte público rodoviário do DF. Durante um ano, o cidadão poderá avaliar os ônibus da cidade. Para isso, basta preencher o questionário disponível nos endereços eletrônicos: www.mpdft.mp.br/site/meuonibus/ e www.ifc.org.br/meu-onibus. Cada pessoa pode preencher quantas vezes quiser. Não é preciso se identificar.
Confira aqui o documento da íntegra.
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