Perícia constatou que a utilização de máscaras e o distanciamento social não são cumpridos nos estabelecimentos comerciais e parques públicos. Frequentadores do Sarah Kubitscheck são os que menos obedecem as medidas de segurança
Após nova inspeção em shoppings, centros comerciais e parques, a força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para acompanhamento das medidas de enfrentamento à Covid-19 solicitou medidas mais rigorosas para a solução de problemas recorrentes, como o mau uso das máscaras de proteção e o desrespeito ao distanciamento social. Foram oficiadas, nesta quinta-feira, 9 de julho, as Secretarias de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e do Esporte e Lazer, as administrações regionais de Taguatinga, do Guará e do Plano Piloto e os shoppings JK e Parkshopping. Todos têm cinco dias para informar as providências adotadas.
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A força-tarefa pede que o DF Legal faça a autuação dos estabelecimentos comerciais que não seguirem as determinações impostas pelo Decreto 40.817, que definiu as regras sanitárias para a liberação do funcionamento. Em caso de descumprimento, ficam sujeitos à suspensão do alvará de funcionamento durante o estado de calamidade pública e a possibilidade de interdição total ou parcial, além de outras medidas, a depender das infrações verificadas.
Clientes e lojistas do centro comercial foram flagrados sem equipamentos de proteção Individual (EPIs) ou utilizando-os da maneira incorreta. Foi verificado que algumas lojas não estão obedecendo a restrição ao número de pessoas e permitiam grande concentração de clientes, sem respeito às medidas de segurança individuais e coletivas. Os shoppings JK e Parkshopping melhoraram a implementação de protocolos de prevenção, como a utilização mais rígida de EPIs. Para estes locais, o ofício expedido pediu uma atenção especial às recomendações sanitárias nos espaços destinados à alimentação.
“É preocupante a baixa adesão da sociedade brasiliense às medidas de proteção contra o novo coronavírus. Estamos no pico da pandemia, devemos fazer de tudo para que o nosso sistema de saúde consiga prestar atendimento à população em todos os níveis, inclusive nas UTIs, para todos aqueles que necessitem. A disseminação da doença está diretamente associada às medidas de distanciamento social e ao uso dos equipamentos de proteção”, alerta o coordenador da força-tarefa, procurador de Justiça José Eduardo Sabo.
Inspeção nos parques
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No parque Olhos D'Água, na Asa Norte, não foi observada qualquer intervenção de funcionários no sentido de orientar quanto ao uso correto dos EPIs. No Guará, no parque Ezechias Heringer, chamou a atenção dos peritos o fato de vários frequentadores percorrerem os circuitos do parque sem máscara e, ao se aproximarem da administração, onde se concentravam seguranças e funcionários, ajustarem a proteção ao rosto.
O Parque da Cidade Sarah Kubitscheck, localizado na Asa Sul, é, segundo o MPDFT, o local no qual os frequentadores menos obedecem o uso dos equipamentos de proteção. O parque estava bastante movimentado no final de semana e foram observados vários focos de aglomeração. Os peritos também ressaltaram que não havia nenhuma orientação aos usuários quanto à obrigatoriedade no uso dos EPIs. A primeira inspeção do MPDFT nos parques foi realizada nos dias 5 e 6 de junho. Os shoppings foram inspecionados no dia 9 de junho. Clique aqui para acessar o documento.
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