Prejuízo aos cofres públicos foi de mais de R$ 1,3 milhão
Foi deflagrada, na manhã desta segunda-feira, 21 de setembro, a segunda fase da operação Backdoor. Os investigadores buscavam provas sobre o cancelamento irregular de multas de trânsito por meio de invasão não autorizada do sistema de informática do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). O hacker envolvido nas fraudes foi preso temporariamente.
A ação é resultado do trabalho conjunto da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e da Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor/Cecor), com apoio da Delegacia de Polícia de Alto Paraíso (PC/GO). Além de prender o envolvido, os investigadores apreenderam equipamentos de informática de alto valor, que serão periciados.
O hacker se aproveitou de vulnerabilidades no sistema Getran e conseguiu cancelar multas e retirar restrições judiciais e administrativas. Isso permitiu o licenciamento e a transferência de propriedade de veículos com pendências, o que gerou prejuízo de, pelo menos, R$ 1.371.658,99 aos cofres públicos no período entre maio de 2019 e janeiro de 2020.
As fraudes eram solicitadas pelos proprietários ou usuários dos veículos a despachantes, que por sua vez encomendavam o serviço de alteração no sistema Getran a hackers especializados nesse tipo de crime. Em alguns casos, as alterações foram feitas para liberar veículos destinados a leilão.
Acesso ilegal
Backdoor é o termo em inglês que define a vulnerabilidade utilizada pelos hackers para cometer as fraudes: uma porta de acesso ao sistema Getran criada ilicitamente para permitir o uso por pessoas não autorizadas.
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