Grupo alimentava mercado ilegal de autopeças no Distrito Federal
A 4ª Promotoria de Justiça Criminal de Taguatinga obteve, nesta terça-feira, 6 de outubro, a condenação de nove envolvidos nos crimes descobertos pela operação “Rota da seda”. As penas variam de 3 a 26 anos de reclusão por crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e receptação qualificada. A Justiça determinou ainda o perdimento dos veículos apreendidos em favor da Polícia Civil do Distrito Federal, que poderá usá-los no desempenho de suas atividades.
O grupo atuava desde a captação de veículos roubados ou furtados em São Paulo até o desmonte e corte das peças. Os “pacotes” eram vendidos em lojas do Distrito Federal e de Goiás. De acordo com as investigações, os réus teriam enviado ao Distrito Federal, nos últimos dez anos, pelo menos dois mil carros cortados. As partes eram vendidas, em geral, em lojas de autopeças no Setor H Norte de Taguatinga. Durante a operação, 20 lojas foram interditadas.
Os veículos eram roubados ou furtados em Campinas (SP), onde eram receptados e desmontados. A remessa das partes era feita para o Distrito Federal e Goiás. Para dificultar a descoberta do crime, os sinais identificadores dos veículos eram suprimidos.
O transporte das peças era feito em caminhões que comportavam, em média, dez veículos cortados. Eles chegavam a fazer o percurso DF-GO-SP até três vezes por semana, o que indica o alto volume de carros inseridos ilegalmente no mercado de autopeças.
Para ludibriar a fiscalização rodoviária, eram emitidas notas fiscais falsas, referentes a sucatas, para dar a aparência de que a carga era lícita. No Distrito Federal, as peças eram distribuídas em lojas do Setor H Norte. O crime inicial alimentava outros ilícitos, como lavagem de dinheiro e fraudes tributárias.
Processo: 0717908-75.2019.8.07.0007
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