Para assistir, acesse o canal oficial do MPDFT no YouTube ou a página do programa no site da instituição
Em continuidade aos vídeos da série “Se liga, consumidor!”, a coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, Patrícia Cardoso, fala sobre o superendividamento. De acordo com especialistas, o problema se agravou com a redução de renda desde o começo da crise sanitária.
Existem hoje, no Brasil, quase 11 milhões de famílias que possuem algum tipo de dívida. Há um ano, esse número era 5,8% menor. O percentual de endividamento dos brasileiros cresceu durante a pandemia: saiu de 66,2% em março para 67,4% em julho, alcançando o maior nível desde o início da realização da Peic, em janeiro de 2010.
Os dados foram levantados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que realizou um estudo sobre o comportamento do endividamento dos brasileiros durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Com os resultados mensais da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a CNC analisou informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas e contas em atraso, além da sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
Planejamento financeiro
No vídeo, a coordenadora explica que o superendividamento ocorre quando despesas e dívidas se acumulam de tal forma que o salário e os bens do endividado não são suficientes para honrar compromissos. Entrar todo mês no cheque especial, não conseguir pagar a fatura do cartão de crédito ou precisar de empréstimos para custear despesas do dia a dia são sinais de alerta.
“Todo mundo tem pelo menos um amigo, um parente passando por isso”, afirma Patrícia. Para evitar chegar a esse ponto, é preciso tomar cuidado com as ofertas de crédito, cada vez mais abundantes. “No momento em que tomamos um valor emprestado, é preciso avaliar se realmente seremos capazes de pagar”, aconselha.
A dica para sair do superendividamento é fazer uma planilha com dívidas, gastos mensais, fontes de renda e bens para visualizar com clareza a situação. O passo seguinte é elaborar um planejamento financeiro. Quem não tem muita intimidade com finanças pode buscar o auxílio de profissionais da área, ou mesmo de amigos que entendam do assunto. “Se você estiver precisando de ajuda, procure os órgãos de defesa do consumidor: Procons e Defensoria Pública”, conclui Patrícia.
O programa “Se liga, consumidor!” é uma parceria do MPDFT com a Escola Nacional de Defesa do Consumidor da Senacon. Trata-se de uma série de vídeos curtos, com linguagem fácil e objetiva, em que especialistas abordam o dia a dia das relações de consumo e esclarecem dúvidas sobre direitos básicos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor.
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