O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) prestou apoio nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, à deflagração da operação Palhares, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação, que visa desarticular uma organização criminosa suspeita de aplicar um golpe milionário contra uma empresa de plano de saúde, cumpriu mandados de busca e apreensão no DF, no Rio de Janeiro, na Bahia e em Minas Gerais. No DF, foi cumprido mandado de busca e apreensão e de prisão de um dos envolvidos
De acordo com o MPRJ, o grupo vem praticando uma série de crimes para obter dinheiro, em prejuízo alheio, desde 2012. O inquérito policial instaurado para apurar a prática de organização criminosa demonstrou que eles forjavam créditos tributários de milhões de reais e os vendiam pela metade do valor para as empresas reduzirem as suas dívidas junto à Receita Federal. Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, um dos golpes causou um prejuízo de mais R$ 17 milhões à Unimed de Petrópolis. Preso em Águas Claras, Edilson Figueiredo de Souza se dizia credor da União em R$1,1 bilhão. Ele teria se associado a advogados para que os créditos fictícios fossem parceladamente negociados com as empresas.
Darcy José Royer, preso em Uberlândia (MG) era superintendente da cooperativa médica, representando-a nos contratos e tendo como função ludibriar os diretores do conselho de administração com relação às supostas vantagens do contrato de cessão de créditos tributários fictícios, apresentando em assembleia documentos falsos para conferir veracidade à execução do contrato. Já Daniel Ângelo de Paula, preso em Salvador (BA) era o operador financeiro da organização criminosa, com a função de receber e dar destino a grande parte do dinheiro pago pela Unimed à quadrilha.
Do MPDFT, fizeram parta da ação o Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação também contou com o apoio dp Ministério Público da Bahia (MPBA) e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
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