No encontro virtual desta segunda-feira, 22 de fevereiro, foram discutidas estratégias para a utilização dos resíduos de podas e campanhas educativas para geradores de resíduo
O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural Roberto Carlos Batista esteve reunido, virtualmente, na tarde desta segunda-feira, 22 de fevereiro, com a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, para debater estratégias em relação ao paisagismo urbano no Distrito Federal. O Ministério Público do DF e Territórios defende a necessidade de esclarecer à população quais são as espécies de árvores indicadas para o plantio e em quais locais, para evitar prejuízos como a queda de árvores e a interferência nas redes de águas pluviais e elétrica.
A administradora do Plano Piloto destacou que, por Brasília ser considerada uma cidade parque e abrigar uma grande quantidade de árvores plantadas à época da construção de Brasília, muitas delas estão com prazo de vida limitado e até prestes a cair. “As árvores trazem uma grande qualidade de vida e um grande diferencial para nós aqui no Plano Piloto, mas o paisagismo urbano precisa ser planejado de acordo com o bioma nativo no qual o território está inserido, que no caso de Brasília é o Cerrado”, explicou.
Além de debater melhores formas de orientar a população sobre o plantio de espécies nativas na cidade, também fizeram parte da pauta, estratégias para utilização dos resíduos de podas e campanhas educativas para os geradores de resíduos. Entre as práticas de sustentabilidade, a compostagem e a adaptação às exigências condicionantes para manter o estabelecimento em funcionamento sem prejudicar a comunidade circunvizinha foi um dos temas discutidos.
Para o promotor Roberto Carlos Batista, a inclusão da população no debate, a ser viabilizado por audiência pública por ele proposta pode favorecer o esclarecimento e apontar os perigos causados pelos plantios sem orientação. “Não se pode impedir a população de plantar, pode-se orientar o que se pode plantar”, ressaltou. Batista lembrou também que a escala bucólica do projeto urbanístico da parte central da cidade deve ser preservada para garantir melhor qualidade de vida de todos, sobretudo por causa da impermeabilização cada vez maior do Plano Piloto, dada a expansão de áreas impactadas por atividades urbanas.
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