A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) foi favorável à prisão temporária de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl. De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ele estaria atrapalhando as investigações ao ocultar provas, além de supostamente ser integrante de esquema criminoso de tráfico de animais silvestres. O pedido de prisão foi cumprido durante a quarta fase da Operação Snake.
Pedro também estaria exercendo ilegalmente medicina veterinária, conforme vídeos e fotos em que o estudante de veterinária faz cirurgia em uma serpente. Durante o cumprimento da prisão temporária, foram apreendidas espécimes da fauna silvestre e exóticos para evitar o risco à saúde humana e ecológica.
A apuração teve início após Pedro ter sido picado por uma naja em 7 de julho. Esta cobra, com pelo menos outras 19, residia com a família, como se fosse um pet. Os animais eram exibidos nas redes sociais e comercializados. A prisão temporária tem validade de cinco dias e pode ser prorrogada por igual período.
Comércio ilegal
A Prodema e o Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber) abriram procedimento para apurar suposta comercialização de animais silvestres e exóticos em sites e redes sociais no Distrito Federal.
A apuração tem o objetivo de verificar se há conexão entre o comércio ilegal de animais e o caso da cobra naja. Lei ambiental proíbe criação de serpentes peçonhentas.
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