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Denunciado pelo assassinato de Noélia de Oliveira Rodrigues e por porte ilegal de arma de fogo, Almir Evaristo Ribeiro foi condenado a 29 anos, 1 mês e 15 dias de prisão em regime fechado. A Promotoria do Tribunal do Júri de Águas Claras obteve a condenação do réu em julgamento realizado nesta quinta-feira, dia 26 de novembro.
Durante o julgamento, que durou mais de 14 horas, sete testemunhas foram ouvidas no Tribunal. O marido de Noélia, relatou durante o depoimento, que no dia do crime, saiu de moto para buscar a mulher na parada de ônibus, como fazia diariamente. A vítima trabalhava em uma loja no Brasília Shopping das 14h às 22h. No final do expediente, pegava o ônibus de volta para Ceilândia, onde residia, por volta de 23h. Como Noélia não apareceu, a família registrou o boletim de desaparecimento, no dia seguinte, em 18 de outubro.
Os jurados acataram a íntegra da denúncia apresentada pelo Ministério Público e condenaram o réu por homicídio duplamente qualificado. As qualificadoras do homicídio são o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (disparo de arma de fogo a curta distância) e feminicídio (condição de sexo feminino).
Para o promotor de Justiça Renato Ercolin, por todos os elementos coletados nas investigações, “ficou demonstrado que foi um crime premeditado e que eles tinham vínculo íntimo. Provas mostraram que o réu esteve no local de trabalho de Noélia e no local onde o corpo da vítima foi encontrado. Todas as evidências reunidas não deixaram dúvidas sobre a autoria do homicídio".
O crime ocorreu em 17 de outubro, por volta das 22h. Almir pegou Noélia em uma parada de ônibus na W3 Norte. Na região de Vicente Pires, ele entrou em uma estrada marginal, parou o veículo e disparou contra a mulher, que morreu no local, após ser surpreendida por um tiro no rosto. Os investigadores prenderam Almir após análise de registros telefônicos que revelaram ligações frequentes dos dois.
Processo (PJE): 0716157-14.2019.8.07.0020
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