Comissão julgadora definirá em 23 de setembro o homenageado do ano. Ao todo, 37 escritores locais foram inscritos
A Comissão julgadora do prêmio “Ler é legal” escolheu os três finalistas para a seleção do escritor homenageado de 2021. Os autores Débora Bianca, Glauber Vieira e Juliana Valentim são os indicados entre os 37 inscritos no concurso. A premiação é uma iniciativa do projeto homônimo e tem o objetivo de valorizar a produção literária local e estimular a formação de leitores.
Em 23 de setembro, a comissão voltará a se reunir para escolher o homenageado do ano. Os critérios são a criatividade, a originalidade, a relevância do tema, a clareza e a objetividade textual da obra literária. A entrega do prêmio está prevista para novembro. O premiado receberá certificado e terá sua obra exposta no MPDFT. Para conhecer mais sobre a obra dos artistas selecionados, acesse o banco de escritores na página do projeto Ler é Legal.
Os finalistas
Débora Bianca é autora de livros infantis e se inscreveu no prêmio porque se identificou com a proposta do concurso. “É uma proposta ousada em todos os sentidos, pois formar leitores é um desafio diário e a valorização da produção literária local, um desafio ainda maior, uma vez que a maioria das pessoas buscam ler autores do eixo Rio-São Paulo e do exterior”, relatou.
Ela é autora do livro "O menino e o gigante". “Estou lisonjeada e muito feliz pelo reconhecimento. Este livro é muito especial para mim. Ele representa a superação de muitos conflitos que nos perseguem diariamente. Espero que o livro seja divulgado entre crianças e adultos para mostrar que todos nós somos capazes de superar nossos medos. Neste momento meu coração está em festa”.
Glauber Vieira foi indicado por uma colega de trabalho que acompanha sua produção literária e resolveu incentivá-lo. “Eu não sabia da existência desse prêmio, depois entrei no site e vi que tinha muita gente que eu conhecia, muita gente boa. E ficar entre os três foi uma alegria muito grande, uma honra mesmo. Uma responsabilidade.”
O autor nasceu em Varginha (MG) e veio para Brasília aos nove anos de idade. É formado em Psicologia e servidor da Polícia Civil do Distrito Federal. Ele explica que o livro “O Observador de formigas” traz minicontos sobre relacionamentos, conflitos pessoais. “Eu entendo que o cotidiano é o que mais marca as pessoas, então eu gosto muito de falar sobre isso”. O livro “Salada de cores” é voltado para crianças de cinco a sete anos e usa poemas sobre cores para falar sobre tolerância.
Juliana Valentim é autora de três livros: “Manuscritos de um viajante”, de crônicas; “Palavras que dançam”, de poemas; e o romance “O abrigo de Kulê”. Ela também escreve diariamente em seu perfil no Instagram @palavrasquedancam.
“É uma honra estar entre os finalistas do prêmio ‘Ler é Legal”. A valorização de escritores e suas obras é fundamental para manter a chama da arte sempre acesa. Essa chama que nos aconchega e nos salva, tantas vezes. Fiz a inscrição no prêmio, pois iniciativas como esta do MPDFT contribuem para que nossas palavras voem cada vez mais longe. Voemos juntos!”, comemora Juliana.
Comissão julgadora
A decisão será tomada por um grupo de nove pessoas: o coordenador administrativo regional de Brasília II, Guará, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo, que é o presidente da comissão; o gestor do projeto “Ler é Legal”; a chefe da Divisão de Cultura; dois integrantes indicados pela procuradora-geral de Justiça; um promotor de Justiça e um servidor do MPDFT indicados pelo presidente da comissão; e dois indicados pela equipe do projeto “Ler é Legal” dentre pessoas que tenham contribuído com a iniciativa ou incentivado a leitura em geral.
Ler é legal
Desde 2016, o projeto incentiva a leitura e cria um espaço de diálogo, respeito e compreensão. A população que circula pelo edifício das Promotorias de Justiça de Brasília II tem à disposição 500 livros para empréstimo sobre temas variados. Basta escolher um exemplar, que pode ser devolvido em qualquer Promotoria de Justiça do Distrito Federal. A iniciativa também dispõe de um espaço infantil para que mães e pais possam deixar seus filhos entre os livros enquanto são atendidos, em observância a protocolos internacionais que tratam do acolhimento de famílias.
Em 2017, o projeto conseguiu introduzir a leitura como instrumento judicial na aplicação de penas a autores de infrações penais. A iniciativa foi vencedora do Prêmio IPL – Retratos da Leitura, na categoria Bibliotecas. “O ato de ler forma cidadãos conscientes e que não toleram injustiças, como a corrupção ou a violência. Esperamos abrir uma porta para que as pessoas se sintam incentivadas a ler mais, ou mesmo iniciar esse hábito, diante de tantas distrações atuais”, afirma um dos idealizadores do projeto, o promotor de Justiça Fausto Rodrigues.
Para mais informações, entre em contato com a Divisão de Cultura do MPDFT pelo telefone (61) 3343-6320.
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