Crime ocorreu depois de o dono do estabelecimento impedir a entrada de um dos réus no local portando drogas
A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de São Sebastião obteve a condenação de Paulo Henrique de Santana Pereira Souza e Everson de Melo Pereira pelo homicídio qualificado de Robenilson Oliveira Machado. A pena foi fixada em 27 anos, um mês e 15 dias de prisão, em regime fechado, para Paulo Henrique; Everson foi condenado a 18 anos e oito meses de reclusão em regime fechado pelo homicídio, além de um ano de reclusão e dez dias-multa por posse ilegal de arma de fogo, em regime aberto. O julgamento ocorreu na quinta-feira, 29 de julho.
Entenda o crime
O crime ocorreu no dia 24 de fevereiro de 2020, uma segunda-feira de Carnaval. Robenilson era proprietário de um bar na cidade de São Sebastião e impediu Paulo Henrique de entrar no estabelecimento portando drogas. Paulo, inconformado, deixou o local e pediu para que dois mototaxistas o acompanhassem até a residência de Everson, com quem pegou uma arma de fogo.
Os dois homens retornaram ao bar da vítima, conduzidos pelos mototaxistas. Paulo Henrique entrou no estabelecimento e efetuou um tiro, que atingiu Robenilson na cabeça, enquanto Everson permaneceu do lado de fora, dando cobertura. Paulo tentou disparar outras vezes, mas a arma falhou, e então desferiu chutes contra a vítima, que já estava caída no chão. Toda a ação foi documentada pelas câmeras de segurança do local.
Robenilson foi socorrido e levado ao Hospital de Base, onde permaneceu internado por oito dias e depois faleceu. Após a execução do crime, Paulo e Everson exigiram que os mototaxistas os auxiliassem na fuga, levando-os até a casa do último.
Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o crime foi cometido por motivo torpe, o fato de a vítima não ter autorizado a entrada do réu no bar portando drogas, e com recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida enquanto conversava e recebia pagamentos de clientes.
“Robenilson era um jovem empresário, e foi assassinado de forma brutal em seu empreendimento, enquanto trabalhava. A Polícia Militar prendeu o assassino e o partícipe em flagrante, a Polícia Civil reuniu provas robustas de suas culpas, e a sociedade de São Sebastião deu veredito firme na noite de ontem, após 10 horas de julgamento”, avalia o promotor de Justiça Raoni Maciel.
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