Crimes tiveram grande repercussão no Distrito Federal. O primeiro júri será no dia 1º, e o segundo, no dia 2 de dezembro
Nesta semana, a Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília participa de dois julgamentos de feminicídios que tiveram grande repercussão no Distrito Federal. O primeiro júri, que será realizado no dia 1º de dezembro, teve como vítima a servidora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana de Melo Ferreira, 49 anos, que foi morta com 48 facadas pelo ex-companheiro. O outro caso, que será julgado no dia 2 de dezembro, vitimou Francisca Naidde de Oliveira Queiroz no interior da sua casa, no Cruzeiro Novo. O marido efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima e o ex-vizinho por suspeitar de um relacionamento extraconjugal.
Pesquisa realizada por integrantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), divulgada em agosto deste ano, identificou os principais fatores de risco para a ocorrência de feminicídios no Distrito Federal. De 2006 a 2011, 35% das mortes violentas de mulheres ocorreram em contexto de violência doméstica. Em 77% dos casos, os autores eram ou haviam sido maridos, companheiros ou namorados das vítimas. Esse percentual é semelhante à estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual 38% das mortes violentas de mulheres no mundo são resultado de violência doméstica. Nos anos abrangidos pela pesquisa, o MPDFT recebeu 26.583 inquéritos policiais relativos a casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Entenda os casos
O primeiro crime ocorreu na noite de 21 de dezembro de 2019, na QRSW 2 do Setor Sudoeste, na casa de Luciana. Autor e vítima haviam mantido um relacionamento. No dia do crime, enquanto Luciana não estava em casa, Alan foi até o prédio onde ela morava e aguardou sua chegada. Ele surpreendeu a vítima com golpes de faca, 48 no total. Alan fugiu do local do crime.
O outro caso ocorreu no dia 12 de Junho de 2019, no apartamento da vítima, no Cruzeiro Novo. Juenil Bonfim de Queiroz efetuou disparos de arma de fogo contra sua esposa, Francisca Naidde de Oliveira Queiroz, e seu ex-vizinho Francisco de Assis Pereira da Silva. Ele suspeitava que os dois tivessem um relacionamento amoroso.
Processos
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