Jurados acolheram a denúncia do Ministério Público e condenaram o réu por homicídio tentado, com três qualificadoras, e estupro consumado, com causa de aumento de pena
O homem acusado de estuprar e tentar matar a enteada adolescente em Vicente Pires foi condenado pelo Tribunal do Júri de Águas Claras, nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, a 31 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado. Padrastro da vítima, ele foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por tentativa de feminicídio e estupro. Na época do crime, a jovem tinha 15 anos.
Os jurados reconheceram as três qualificadoras apontadas pela Promotoria de Justiça: condição de gênero feminino (feminicídio), emprego de meio cruel e crime cometido para assegurar a impunidade de outro crime (o estupro). A pena do réu para o crime de estupro também foi aumentada pela relação de parentesco com a vítima.
O crime ocorreu em agosto de 2018, na casa da vítima. O padrasto, que já cumpria pena por homicídio, estava na residência porque havia sido beneficiado com uma saída temporária (o “saidão”) e decidiu não retornar ao presídio. Ele atacou a jovem e a ameaçou com uma faca. Quando ela gritou por socorro, tentou matá-la a facadas. Apesar de gravemente ferida, a adolescente foi socorrida a tempo e sobreviveu aos ferimentos.
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