Desde março, estamos mais tempo em casa e, consequentemente, produzimos muito mais lixo. Nossa rotina foi alterada e a coleta seletiva no Distrito Federal também sofreu mudanças. Pensando nisso, para orientar a população e conscientizar todos para a importância de seguir descartando corretamente os resíduos em casa, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público de Contas lançou no último mês a campanha Coleta seletiva: Eu faço a minha parte. As peças, voltadas principalmente para as mídias sociais, incluem vídeos, infográficos e instruções para que toda a sociedade possa ajudar.
A iniciativa busca sensibilizar e orientar a população sobre a coleta seletiva e sobre a segurança dos trabalhadores envolvidos na atividade, pois com o aumento do número de infectados pela Covid-19, as pessoas que fazem a coleta estão constantemente expostas a riscos e dependem também de cuidado e atenção por parte de quem descarta os resíduos. Do ponto de vista ambiental e socioeconômico, os benefícios do reaproveitamento dos detritos sólidos são imensos, mas dependem da colaboração de cada um.
De todo o lixo produzido no Distrito Federal, apenas 4% é separado pela população para a coleta seletiva. Do que é selecionado, apenas 41% é efetivamente reciclado. O Aterro Sanitário de Brasília foi construído para dar melhor destinação aos resíduos sólidos, mas sua capacidade é limitada e já foi reduzida de 13 anos para pouco mais de 10 anos. Essa situação pode se agravar e diminuir ainda mais a vida útil se o volume de resíduos aumentar.
O promotor de Justiça Roberto Carlos Batista destaca que a separação adequada de resíduos domésticos é fundamental para diminuir o volume de rejeitos levados para o aterro que, quando misturados, não servem mais para reciclagem e para o sustento de inúmeras famílias de catadores. “A educação ambiental promovida por esta campanha é indispensável e contribui não só com a proteção do meio ambiente como para a inserção socioeconômica, fundamental em tempo de crise”, explica Batista.
Confira o vídeo ao final deste texto com orientações sobre separação e descarte correto de resíduos e acompanhe nas nossas redes sociais outras dicas.
;
- Separe duas lixeiras de cores diferentes, uma para materiais recicláveis e outra para orgânicos e rejeitos. São materiais orgânicos e não recicláveis: restos de comida, papel higiênico, e papel gorduroso, como guardanapos e aqueles utilizados para transportar alimentos. Já os recicláveis são: papel, papelão, lata, isopor, plástico, embalagem de suco e de leite e vidro.
- É importante retirar o excesso de alimentos em embalagens recicláveis para facilitar a reutilização do material.
- Se possível, descarte os recicláveis dentro de sacos de lixo azuis ou verdes e os não recicláveis em sacos pretos ou cinzas.
- Lembre-se que materiais como papel, quando molhados ou sujos, já não podem ser reciclados. Da mesma forma, embalagens porosas como as de papelão ou isopor. Por isso, se esses materiais estiverem sujos, não descarte junto com o lixo seco.
- O vidro não é mais reciclado no DF, portanto, melhor que misturá-lo ao lixo seco, é separá-lo e levá-lo em algum dos pontos de entrega voluntária da cidade. Há vários PEVs, um deles está perto de você.
- No caso de alguém estar contaminado, o lixo utilizado por essa pessoa deve ficar em uma lixeira com tampa hermética e exclusiva para o acondicionamento de todo resíduo utilizado por ela e por aqueles que estiverem em contato direto com ela. Ao abrir a lixeira, deve-se usar o spray de desinfecção para borrifar o conteúdo. É recomendado utilizar dois sacos de lixo para o descarte. Jogue, preferencialmente, no lixo do banheiro. Deve-se sempre utilizar máscaras e luvas ao se aproximar do doente.
- Também é importante estar atento ao dia e horário da coleta seletiva para disponibilizar os materiais recicláveis no momento certo. Confira no link: https://www.slu.df.gov.br/dias-e-horarios-das-coletas/