O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
1 - Não existe possibilidade de conhecimento verdadeiro sem a imersão na realidade da vida, de suas situações concretas, seus problemas, suas possíveis soluções. O acadêmico de direito (para ficar na minha linha de atuação profissional, mas isso serve para qualquer outra) que estudar umas dez horas por dia durante cinco anos vai colar grau com considerável bagagem abstrata. Mas não saberá fazer uma audiência ou um júri, não terá desenvoltura para despachar com um juiz ou com um delegado, porque esse tipo de coisa não se aprende em biblioteca, e sim observando pessoas experientes, ainda que elas tenham menos conteúdo que o próprio estagiário.
Mariana Silva Nunes
Promotora de Justiça do MPDFT
A edição da Lei Maria da Penha representou um marco para a sociedade brasileira. A violência contra a mulher deixou de ser um conflito privado e invisível para se tornar um problema social, cujo enfrentamento demanda atuação articulada do poder público e da sociedade. A violação sistemática dos direitos das mulheres é resultado da construção de uma sociedade machista e patriarcal, em que os homens são ensinados a representar o poder, a força e a autoridade, exercendo o controle sobre mulheres, filhas e filhos. Às mulheres, por sua vez, ensina-se a serem zelosas, sensíveis e submissas.