Há suspeita da prática dos crimes de peculato, estelionato contra a administração pública e associação criminosa
Foi deflagrada, na manhã desta sexta-feira, 26 de junho, a operação “Quarto círculo”, que investiga supostas irregularidades na contratação de sistema de gestão hospitalar para o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF). A ação foi conduzida pelas Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) e de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), junto com a Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor-PCDF) e com apoio da Controladoria Geral da União (CGU).
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na sede da empresa envolvida e em residências em Brasília e em Recife. As buscas serviram para a obtenção de provas que irão subsidiar as investigações. Há suspeita da prática dos crimes de peculato, estelionato contra a administração pública e associação criminosa.
Parte das irregularidades foi apontada em nota técnica elaborada pela CGU, resultado de inspeção realizada em contratos da Secretaria de Saúde. Há indícios de direcionamento no chamamento público realizado em 2018 para a contratação do sistema de gestão hospitalar. Ficou evidente o vínculo entre as empresas que participaram da seleção, o que pode indicar a apresentação de proposta-cobertura (situação em que as empresas combinam entre si os valores das propostas para que a vencedora consiga preços mais altos que o normal pelo serviço).
A Polícia Civil do Estado de Pernambuco também apoiou a ação. As investigações continuam, de forma que não haverá atendimento à imprensa.
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A expressão “Quarto Círculo”, que dá nome à operação, é uma referência ao local destinado aos gananciosos no poema “Divina comédia”, de Dante Alighieri.
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