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Ivaldo Lemos Junior
Procurador de Justiça do MPDFT
1 - O episódio do tapa do ator Will Smith poderia ter provocado, mas não provocou, uma reflexão importante: qual o papel do macho moderno? O que a mulher espera dele? Que escute calado gozação barata sobre ela, na frente de um monte de gente? Smith deveria ter balançado a cabeça em sinal de reprovação ou rido “par délicatesse”? Ou deveria ter achado graça para valer (em um primeiro momento, foi o que pareceu) ou só rir se ela levasse na esportiva (o que não aconteceu)? Ou ele deveria ter agido com firmeza e rapidez, protestando, esbravejando, xingando? Ou só cara feia não bastava e ele precisava ter ido além, levantar-se, xingar com dedo em riste, partir para as vias de fato? Se ele tivesse se retirado do salão, isso seria um gesto de protesto educado ou de covardia e emasculação? E se o agressor fosse outra mulher? Você, mulher, gostaria que seu marido agisse como Will Smith e até cometesse um crime para te defender?
Ivaldo Lemos Junior
Procurador de Justiça do MPDFT
Existia Judiciário na época da Alemanha nazista? Sim, ele funcionava normalmente, desde que, por tal advérbio, você entenda “nazistamente”: os tribunais eram compostos por juízes nazistas aplicando leis nazistas. Alguns eram “plus royalistes que le roi”, ou seja, mais nazistas que Hitler, como Roland Freisler, o mais notório exemplo de terrorismo judicial e “show trial”, que são processos de araque, meras formalidades para dourar condenações pré-determinadas.