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Ivaldo Lemos Junior
Procurador de Justiça do MPDFT
Existia Judiciário na época da Alemanha nazista? Sim, ele funcionava normalmente, desde que, por tal advérbio, você entenda “nazistamente”: os tribunais eram compostos por juízes nazistas aplicando leis nazistas. Alguns eram “plus royalistes que le roi”, ou seja, mais nazistas que Hitler, como Roland Freisler, o mais notório exemplo de terrorismo judicial e “show trial”, que são processos de araque, meras formalidades para dourar condenações pré-determinadas.
Ivaldo Lemos Junior
Procurador de Justiça do MPDFT
Quando você pensa em nazismo, a imagem mais imediata que surge são os campos de concentração. Nada simboliza melhor uma época. Campos significavam pilhas e pilhas de corpos esqueléticos, uns mortos e outros mais mortos do que vivos. Mas o problema principal do nazismo não foi isso. No curso da história, houve outras experiências de prisões de escravos e as usinas de extermínio do III Reich não foram uma cartada original, apenas uma “evolução” em termos logísticos na epígrafe da matança em série.