Mulher é dentista e, devido às agressões sofridas, perdeu parte dos movimentos nos dedos. Ele foi condenado a pena de prisão e deverá indenizar a vítima
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve a condenação de homem que causou a perda de parte dos movimentos dos dedos da ex-companheira. O 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Brasília condenou o réu à pena de três anos e doze dias de reclusão e fixou indenização em R$ 10 mil.
O crime ocorreu em 30 de novembro de 2017. Durante uma discussão, o homem bateu a mão da vítima contra a parede. A agressão gerou a rotura do ligamento do polegar, o que levou à perda de mobilidade nesse dedo. Em razão da lesão, ela foi obrigada a parar de trabalhar como dentista particular e precisou ser remanejada de sua função na Secretaria de Saúde. Ela também foi excluída da cobertura do plano de saúde do agressor.
Durante o processo de requerimento de medidas protetivas de urgência, o MPDFT atuou para assegurar que a vítima fosse reincluída no plano de saúde e pudesse receber tratamento em razão das agressões. A Promotoria ajuizou denúncia por crime de lesão corporal grave, considerando a incapacidade para o trabalho por mais de 30 dias e a debilidade permanente de membro. Também formulou requerimento de indenização em favor da vítima.
Para o promotor de Justiça Thiago Pierobom, “infelizmente, a violência doméstica é um fenômeno perversamente democrático, que atinge todas as classes sociais e profissões; é importante que as vítimas tenham coragem de denunciar e sair da situação de violência”.
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