Em relatório mais recente, 65% dos entrevistados apontaram a superlotação como maior problema do sistema
O projeto “Como anda meu ônibus?” atuará também durante a pandemia de Covid-19. Questionários já estão disponíveis para que usuários e trabalhadores do sistema de transporte coletivo rodoviário possam avaliar o cumprimento das medidas de prevenção à doença. O objetivo é usar a experiência de auditoria cívica do projeto para fiscalizar o uso de máscaras por todos, além de vistoriar a higienização e a lotação dos veículos. A partir das respostas coletadas, caso necessário, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) poderá atuar para garantir o cumprimento das medidas de proteção à saúde de passageiros e trabalhadores.
Para a promotora de Justiça Lenna Daher, uma das coordenadoras do projeto, o momento deve ser de atenção. “A reabertura de grande parte dos estabelecimentos comerciais tem impacto direto na lotação do transporte público. Nosso objetivo é avaliar se esse retorno às atividades está sendo feito de forma segura para todos”, afirmou.
Outros temas críticos apontados pelos usuários são ventilação e temperatura no interior dos veículos, segurança no trajeto até a parada, proteção contra sol e chuva e iluminação nas paradas. Todos esses quesitos tiveram avaliação “ruim” ou “péssimo” nos três relatórios.
A maior parte das críticas formuladas pelos usuários está relacionada à estrutura e à qualidade do serviço. Os passageiros relatam desconforto devido à superlotação, insuficiência ou inexistência de abrigos nos pontos de ônibus e esperas prolongadas. A percepção sobre o preço da passagem também é negativa em razão da má experiência diária.
A pesquisa está aberta a participantes do Distrito Federal e do Entorno. Os usuários do transporte público podem acessá-la clicando neste link; Motoristas e cobradores encontram o questionário específico para a categoria neste outro link.
Como anda meu ônibus
A iniciativa é uma parceria entre a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC). O objetivo é fomentar o controle social da política pública de transporte rodoviário do Distrito Federal. As respostas aos questionários dão origem a relatórios de avaliação, que são divulgados e enviados ao governo para embasar a tomada de decisões.
Clique aqui para ler a íntegra do terceiro relatório trimestral.
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