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A importância dos pais no processo de educação vem sendo cada vez mais compreendida e reafirmada pela sociedade. Por isso é muito oportuno lembrar a um País ainda fortemente marcado pelo adultocentrismo, pelo machismo e pelo patriarcalismo que a tarefa de educar não é responsabilidade exclusiva da mulher. No entanto, a importância do pai não pode ser afirmada mediante acento numa suposta incompetência e falta de autoridade das mães: filhos educados apenas pelas mães mais facilmente cometeriam delitos ou estariam em situação de abandono?! Esse tipo de pensamento, propositalmente ou não, pode levar à falácia de que as mulheres seriam incapazes de, sozinhas, criarem pessoas "sadias" e "socialmente integradas", reproduzindo um preconceito de gênero, ao invés de contribuir para um diálogo construtivo entre os sexos.
Juliana Santilli
Promotora do Ministério Público do DF e autora do livro Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores
A biodiversidade é, em geral, associada a animais e plantas silvestres. Há, tanto na sociedade quanto entre os ambientalistas, menos consciência e militância em favor da diversidade biológica na agricultura - a agrobiodiversidade - do que da biodiversidade silvestre. Historicamente, o componente cultivado da biodiversidade tem sido negligenciado pelos ambientalistas e pelas políticas e órgãos públicos. Os juristas também têm se ocupado muito pouco do tratamento jurídico da biodiversidade agrícola, mesmo aqueles que se dedicam ao direito ambiental ou socioambiental.