Desde o final de 2014, a Região Sudeste passou a enfrentar uma crise hídrica sem precedentes. A chegada dessa crise à região Centro-Oeste era, infelizmente, apenas uma questão de tempo. A experiência tem demonstrado que, por ser a água potável um recurso natural não-renovável, a gestão hídrica há de ser uma política de Estado permanente, independente da sazonalidade das tendências político-governamentais.
Mesmo que a crise seja amenizada pelo regime de chuvas, a gestão hídrica deve conter um plano de prevenção, composto de medidas de redução de fornecimento baseadas no conceito de prevenção. Elas não devem ser apenas providências para o caso de necessidade de racionamento.
Há três anos, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vem trabalhando no manejo hídrico para utilizar a água com parcimônia. Em 2015, a Instituição começou formalmente a elaborar um Plano de Manejo Hídrico, que se encontra em execução e prevê diversas etapas.
Entre as medidas a serem implementadas, estão: maior restrição da lavagem da frota de veículos; restrição acentuada da rega dos jardins; capacitação dos servidores terceirizados sobre o uso responsável da água; construção de mais dois reservatórios de reúso para aproveitamento da água da chuva, em Brazlândia e Brasília, além dos três já existentes (Ceilândia, São Sebastião e Taguatinga).
A fim de tornar a gestão transparente, a partir dos Relatórios de Sustentabilidade publicados no site do MPDFT e com base em dados dos exercícios de 2016 e 2017, segue quadro comparativo:
EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA NO MPDFT | |||
MÊS | CONSUMO (M³) | % Var. | |
2016 | 2017 | 2016 / 2017 | |
jan | 3.008 | 2.402 | -20,15 |
fev | 2.920 | 2.561 | -12,29 |
mar | 3.209 | 2.855 | -11,03 |
abr | 2.811 | ||
mai | 2.401 | ||
jun | 3.239 | ||
jul | 2.821 | ||
ago | 3.025 | ||
set | 3.470 | ||
out | 2.858 | ||
nov | 2.559 | ||
dez | 2.311 | ||
TOTAL GERAL | 34.632 |