O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Um dos momentos mais hilariantes da literatura brasileira é o capítulo LIV de “Dom Casmurro”. Nele, um estudante do seminário havia escrito um certo “Panegírico de Santa Mônica”, obra que fora “elogiada por algumas pessoas” e publicada, em honra de Agostinho, que era santo e filho de santa. O jovem não se ordenara. Abandonara a vida sacerdotal, casara-se e trabalhava numa repartição pública, onde se encontrou anos depois com Bentinho, o autor fictício das memórias de Machado de Assis.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
No artigo anterior, chamei a proclamação da República, de 1889, de “golpe”. Essa palavra está na ordem do dia e vem sendo utilizada ad nauseam. Defensores da ex-presidente Rousseff acusam os entusiastas do impeachment de “golpistas” - e o próprio vice de “conspirador” -, embora todo o procedimento sobre a matéria esteja previsto na Constituição, em lei, e no modelo de processo que tramitou na de-fenestração de um presidente em passado recente. Já a queda da Monarquia exigiu uma ordem legal inteiramente nova, pois a constituição em vigor somente se aplicava ao regime pretérito.