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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
A cena mais tocante do filme “A lista de Schindler” é aquela em que, ao fim da guerra, Oskar Schindler recebe um anel de presente e se lamenta por não ter salvo mais judeus. Aos prantos, diz que seu carro poderia ter poupado dez vidas, o broche de sua lapela, duas. Uma que fosse! Sobreviventes o consolam, num abraço silencioso, de respeito e agradecimento – e que selou a união de duas religiões incompatíveis.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Ortega y Gasset dizia que “a lei da opinião pública é o que pesou sempre e a toda hora nas sociedades humanas”. Mas o filósofo sabia perfeitamente que às vezes ela não existe: “uma sociedade dividida em grupos discrepantes, cuja força de opinião fica reciprocamente anulada, não possibilita a constituição de um mando”. O que acontece então é que o vazio é “preenchido pela força bruta”. Esta, no máximo, apresenta-se como um sucedâneo formal, uma falsificação fadada a durar pouco e estragar muito.