O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
O segundo coronel que migrou para o polo gama da política de Ilhéus foi Manoel das Onças, mas, originalmente, por razões pessoais. Ele decidiu se casar com uma prostituta, Zarolha, mas tal enlace não seria aceito pela “sociedade”. Esta toleraria se ele a fizesse de “teúda e manteúda”, como o coronel Coriolano fizera com Glorinha. Esse tipo de contubérnio achava um ponto de equilíbrio satisfatório: o velho se sentia macho, ativo; a garota era sustentada em condições melhores do que nas mãos da cafetina Maria Machadão e podia ter lá suas aventuras amorosas paralelas e relativamente absconsas. Em caso de descoberta, não havia necessidade de se lavar honra com sangue; ora, o professor Josué foi pego em flagrante com a própria Glorinha, mas foi poupado, e apenas passou sufoco e vergonha. Idêntica solução “jurídica” foi usada para aliviar o peso do “chifre” de Gabriela aplicado em Nacib.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Na Ilhéus de Gabriela, o coronel Ramiro Bastos é quem manda e desmanda. É o macho alfa. O macho beta, que lhe auxilia na manutenção de sua posição, é o coronel Melque e, secundariamente, o coronel Amâncio. O macho gama é o Dr. Mundinho Falcão, bem mais jovem, rico, ambicioso; é o inimigo a ser derrotado.