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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
"Um mundo que se pode explicar, mesmo com raciocínios errôneos, é um mundo familiar", afirmou Albert Camus em "O mito de Sísifo". Em outra obra, desta vez um romance, Camus descreveu o homem que inspirou o título (O Estrangeiro), sobre o qual parecia convergir o "sentimento incalculável que priva o espírito do sono necessário para a vida". Esse homem, Mersault, é um sonâmbulo, um sujeito oco, exangue. Não é exatamente o que costumamos chamar de uma má pessoa: mentiroso, futriqueiro, desonesto, violento, chantagista, nada disso. Na verdade, ele mal chega a ser uma "pessoa" se você a priva da experiência das emoções. Mersault não tinha emoções; ele apenas tocava sua vida, apenas existia.
Bruno Amaral Machado
Promotor de Justiça do MPDFT
Clique aqui para ler a íntegra do artigo, publicado na Revista Brasileira de Ciências Criminais, volume 19, nº 88, janeiro/fevereiro de 2011.