A intenção é promover mais autonomia desse público e aprimorar o acompanhamento e atenção à saúde
Durante a reunião, as instituições debateram sobre a oportunidade de estender o aporte teórico do projeto “Territórios da Construção de Si: Processos de desinstitucionalização de jovens e adolescentes pela maioridade” ao público idoso. O projeto é uma parceria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Fiocruz e já promove a autonomia entre os adolescentes que vivem em instituições de acolhimento. A ideia é ampliar o termo de cooperação para criar uma nova iniciativa voltada para capacitar gestores públicos e profissionais que trabalham em instituições de longa permanência de idosos, bem como os gestores públicos dos serviços destinados a acolher a pessoa idosa, com vista à diversificação dos serviços de modo a diminuir a demanda de vagas de alta complexidade para capacitar melhor o atendimento da atenção primária e de média complexidade.
“De acordo com dados da PNADC do IBGE, a população brasileira passa por uma significativa mudança em sua estrutura etária. É essencial, portanto, que sejam estimuladas e cobradas políticas públicas voltadas ao atendimento das pessoas idosas de forma humanizada, visando seu bem-estar, com atenção especial àquelas em situação de extrema vulnerabilidade, como é o caso da população em situação de rua”, salientou a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), Polyanna Silvares de Moraes Dias.
O objetivo é o aprimoramento e diversificação da atenção na linha do cuidado e da proteção da pessoa idosa para que não cheguem a ser institucionalizados. Para aqueles que já se encontram em unidades de longa permanência, a ideia é promover independência no dia a dia e estimulá-los a ter mais autonomia ao realizar pequenas atividades que fazem parte de sua rotina, gerando autoestima e maior inserção social.
Para a promotora de Justiça titular da Projid, Lúcia Helena Barbosa Brasileiro dos Passos, é importante humanizar as políticas voltadas às pessoas para melhor avaliar necessidades e aprimorar resultados para resgatar e fortalecer vínculos familiares, comunitários e sociais perdidos: "Nós queremos colorir com vida as políticas públicas. Queremos uma mudança na perspectiva do acolhimento de pessoas idosas, respeitando a autonomia e afastando o sentido de segregação social. Vamos colocar a visão de “Território de Expressão de Si” dentro das instituições de longa permanência de idosos (ILPI)".
Está programada a realização de um seminário no final de fevereiro, com especialistas de várias instituições, apontados pela Fiocruz. O objetivo é realizar um seminário de capacitação social para os servidores das ILPIs do DF e gestores públicos envolvidos na linha de proteção da pessoa idosa, em junho de 2024.
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