Projeto pioneiro do MPDFT tem o objetivo de disseminar entre crianças e adolescentes valores relacionados à cidadania e ao enfrentamento à corrupção. Na cerimônia de lançamento, autoridades e educadores elogiaram a iniciativa.

“O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios está transbordando de gratidão. Já têm alguns anos que temos experimentado, ao lado dos professores das escolas públicas do DF, um novo esperançar. Não existe nenhum outro lugar que a nossa doação possa valer tanto como nas escolas. Nossas ações impactam diretamente o futuro da nossa nação, elas edificam o ser humano”, assim a idealizadora do NaMoral, promotora de justiça Luciana Asper, lançou as atividades do projeto em 2024. 

O primeiro encontro do ano, realizado nesta terça-feira, 27 de fevereiro, contou com a presença de 240 professores, entre coordenadores das regionais, diretores, orientadores pedagógicos e formadores envolvidos na aplicação do NaMoral nas escolas do DF, além de estudantes e de representantes do Governo do Distrito Federal. Neste ano, 98 escolas públicas já se inscreveram para as atividades. Em 2023, foram 24 unidades. 

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, reforçou que a iniciativa representa a união de vários órgãos para levar o melhor aos alunos. “Todos os meus coordenadores regionais sabem que o NaMoral é a menina dos meus olhos. Precisamos trazer os alunos para refletir sobre os valores de respeito e de ética, pilares que precisam ser resgatados para a nossa sociedade”, declarou. 

A subsecretária de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (Eape), Maria das Graças de Paula Machado, explicou que um grupo de professores do Eape estará lotado nas regionais de ensino do DF para  acompanhar diariamente  as atividades em 2024, vivenciar o NaMoral e presenciar as mudanças de comportamento dos estudantes. “A iniciativa desperta no aluno a necessidade de exercer a cidadania. Ele traz desafios e os alunos gostam dessa parte lúdica. Os jovens têm a oportunidade de construir o seu herói e temos escolas que vão além das propostas, vão além do que foi apresentado. O projeto cria a ideia de pertencimento”, afirmou Maria das Graças.

O secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, Alexandre Rabelo Patury, destacou que o NaMoral é uma reação da sociedade que traz esperança. “Aqui vemos professores se doarem. O sentido da vida é o amor. Quando você se doa, você se torna uma pessoa melhor. Os alunos aprendem que o errado é errado, mesmo que todos estejam fazendo, e que o certo é certo, mesmo que você esteja solitário. Um programa como esse reflete positivamente na segurança pública do DF”, enfatizou Patury.

Para o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, a iniciativa tem transformado a mente e os corações dos jovens. “Nossa expectativa é que o projeto possa alcançar milhares de jovens em 2024. Hoje, a juventude precisa de oportunidade e o NaMoral gera essa oportunidade e incentiva para que eles possam construí-las. Essa parceria do GDF com o Ministério Público não é só exitosa, mas também é uma demonstração de que a união de forças pode transformar uma sociedade”, disse o secretário. 

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Vivências 

Para a professora Leila Cunha, do Centro Educacional Gesner Teixeira, o NaMoral oferece aos estudantes a oportunidade de serem protagonistas. “A energia que gira em torno do projeto é contagiante desde o início. Os valores são os pilares de todas as ações realizadas nas escolas. Durante as missões, somos desafiados. Os meus estudantes foram os meus heróis em 2023. Eles trouxeram discussões que estavam silenciadas. O NaMoral traz um aprofundamento das discussões”. 

Com as atividades no Centro de Ensino Fundamental 03 de Planaltina, a estudante Ana Clara Dutra Damasceno descobriu talentos que, até então, não conhecia. “Espero que as pessoas aprendam muito com a honestidade, a ética e a cidadania. Espero estar este ano, no próximo, e que o NaMoral passe de geração em geração”, deseja a aluna que participa do projeto em 2024. 

NaMoral

O projeto foi criado em 2019 para levar às escolas públicas do Distrito Federal vivências de integridade com o objetivo de desenvolver uma nova cultura. Nos anos de 2020 e 2021, o NaMoral foi implementado em sua primeira versão virtual, voltada para estudantes universitários. Em 2022, voltou a ser realizado de forma presencial e teve a participação de 12 escolas. Ao longo desses anos, mais de 12 mil alunos aprenderam lições de integridade. 

Em 2020, a iniciativa recebeu o prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na categoria “Redução da corrupção”. Confira mais informações no perfil do no instagram (@namoralmpdft).
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