Promotoras de justiça Fabiana Costa e Mariana Nunes falam sobre o trabalho do MPDFT no combate ao feminicídio e como foi a idealização da iniciativa que conta com a música “O Cravo e a Flor”, da Tribo da Periferia
O videocast “O MP que a gente conta” deste mês é sobre a campanha “Violência contra a mulher não é normal – abra os olhos, sua atitude pode mudar o final”. A iniciativa é uma parceria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) com a banda de rap brasiliense Tribo da Periferia e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O patrocínio é da CAIXA e do Governo Federal.
A promotora de justiça e presidente da Comissão de Prevenção e Combate ao Feminicídio do MPDFT, Fabiana Costa, e a ouvidora das Mulheres, Mariana Nunes, explicam como a iniciativa surgiu, as curiosidades na construção do clipe de “O Cravo e a Flor” e como é o trabalho do MPDFT no combate à violência doméstica.
Além da música, a campanha já realizou rodas de conversa com integrantes do sistema de justiça para debater a prevenção ao feminicídio e ação de conscientização sobre o tema na Rodoviária do Plano Piloto. Também disponibilizou cards informativos nas redes sociais e, em agosto, promoverá um seminário. Acesse o site da iniciativa para saber mais!
Fabiana Costa contou como a campanha foi desenvolvida. Segundo a promotora de justiça, devido ao grande número de feminicídios registrados em 2023, o MPDFT realizou estudos sobre os crimes e constatou que 70% das mulheres assassinadas nunca procuraram o sistema de justiça. “São pessoas que já sofreram violência, seja física, sexual ou psicológica, mas que nunca chegaram a pedir medidas protetivas”, detalhou Fabiana.
A campanha foi, então, idealizada como forma de combater o feminicídio e de conscientizar sobre o ciclo da violência. A música escrita por Duckjay foi um dos meios escolhidos por ser um instrumento de maior alcance. Atualmente, “O Cravo e a Flor” já teve 440 mil visualizações. Clique aqui para assistir ao clipe. A atriz Juliana Paes é madrinha da iniciativa e Defensora para a Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil.
“Uma campanha com um grupo de rap de ampla expressão no cenário nacional possibilita que a mensagem de que a violência contra a mulher não é normal e nem tolerada alcance diversos públicos, inclusive os jovens. Toda a sociedade precisa se envolver no combate à violência contra a mulher”, afirmou Mariana.
As promotoras de justiça reforçaram os canais de denúncia. “Se a violência está acontecendo, a polícia deve ser acionada, imediatamente, para que a vítima seja salva. Se é uma violência que não está acontecendo naquele momento, mas você quer narrar os fatos ou quer buscar informações, procure o MPDFT. Na Ouvidoria das Mulheres, as mulheres podem conhecer a rede de proteção do DF, possibilitando o acesso aos serviços e equipamentos públicos. É importante que a mulher conheça os seus direitos”, disse Mariana.
“Mulher, não fique parada. Está sofrendo uma violência, procure ajuda. Você não precisa de um advogado, você pode fazer o pedido de medidas protetivas diretamente na delegacia de polícia. A atitude de fato muda o final, atitude da mulher, da família e do homem”, acrescentou Fabiana.
Acompanhe todos os episódios do “O MP que a gente conta” no Spotify e no canal do MPDFT no YouTube!
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