O secretário de Cultura, Cláudio Abrantes, em reunião nesta segunda-feira, 15 de julho, demonstrou otimismo com o andamento das obras. Para o presidente do Iphan, atuação do MPDFT é modelo a ser seguido
A Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC) conduziu, nesta segunda-feira, 15 de julho, reunião com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Novacap e a construtora responsável pela execução da obra para discutir a reforma do Teatro Nacional. A PDDC tem acompanhado, desde 2018, as obras de revitalização do espaço. O objetivo do encontro foi promover maior integração e alinhamento entre os órgãos responsáveis para garantir a efetiva entrega da primeira etapa, que é a Sala Martins Pena, em novembro deste ano, em cumprimento ao contrato estabelecido com a construtora.
Foram discutidos pontos referentes à atuação conjunta dos órgãos envolvidos. Os representantes dos órgãos e da empresa puderam tecer considerações sobre o andamento das obras, os desafios encontrados e os procedimentos que competem a cada instituição.
“São muitas as instituições atuando na gestão do patrimônio e temos uma sociedade civil muito atuante. Há um esforço para termos diálogo institucional, até mesmo para que a sociedade entenda qual o papel de cada instituição. A atuação do MPDFT é exemplo para outros estados, um modelo que precisa ser difundido”, elogiou o presidente do Iphan, Leandro Grass, referindo-se ao esforço empreendido pelo Ministério Público para a fiscalização da obra e integração de todas as esferas responsáveis.
“O que está acontecendo é um esforço de diversos atores, que a sociedade civil está acompanhando e clama por ter esse espaço de volta”, observou o procurador distrital dos direitos do cidadão, Eduardo Sabo. “Na obra, está sendo feita a correspondência com um mundo que exige autonomia, acessibilidade”, mencionou Sabo, ao comentar as adequações do projeto às pessoas com deficiência.
Para o promotor de Justiça Bernardo Matos, secretário- executivo da PPDC, a chave para o bom funcionamento da obra é resolver os problemas de fluxo nos processos. Matos apontou que é necessário compreender o senso de urgência que a população tem em receber o espaço de volta.
O secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, afirmou que está otimista de que, em breve, o Teatro Nacional será entregue. “O mais importante é o entrosamento entre os órgãos. Vemos o quanto a sociedade de Brasília reclama e pede esforços para receber o espaço de volta”, analisa o presidente da Novacap, Fernando Leite. “Temos colocado o melhor dos esforços para evitar a paralisação da obra e para a resolução dos problemas”, coordenador técnico do Iphan, Maurício Goulart
A arquiteta Antonella Solé, da empresa responsável pela obra, destacou desafios técnicos, como pisos que ficaram por muito tempo sem manutenção e precisaram ser trocados, e os encontrados com os estofamentos das poltronas, que precisaram ser substituídos por materiais mais modernos. Antonella também mencionou que o projeto está sendo desenhado em Building Information Modeling, ou Modelagem de Informação da Construção, em inglês (BIM), o que permite a visualização em 3D de cada etapa do projeto e do resultado esperado.
Participaram da reunião o presidente do Iphan, Leandro Grass; o superintendente estadual do Iphan, Thiago Pereira Perpétuo; o coordenador técnico do Iphan, Maurício Goulart; o secretário de Cultura, Cláudio Abrantes; o presidente da Novacap, Fernando Leite; a arquiteta do projeto, Antonella Solé; e o diretor de edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies.
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