Em um cenário onde o mercado de trabalho exige cada vez mais qualificação, experiência e propósito, o Programa MPDFT Residente completa seu primeiro ano oferecendo uma oportunidade concreta para quem deseja atuar no serviço público. A residência funciona como uma ponte entre a formação acadêmica e o mundo profissional, permitindo que jovens profissionais vivenciem, na prática, os desafios e a missão de trabalhar na defesa dos direitos e na promoção da cidadania.
A proposta do programa é simples, mas inovadora: oferecer formação prática, supervisionada e com foco no desenvolvimento de competências essenciais para o setor público. Aberto a profissionais com até cinco anos de graduados ou cursando pós-graduação, o programa não exige aprovação em concurso, mas sim a aprovação em um processo seletivo próprio. Dessa forma, a residência aproxima os participantes da rotina institucional, oferecendo experiências que vão muito além da teoria.
Para participar, os candidatos passaram por um processo seletivo realizado em março de 2024, com inscrições gratuitas pelo portal do MPDFT. A seleção foi aberta a graduados há, no máximo, cinco anos, ou a quem estivesse matriculado em cursos de pós-graduação, nas áreas de direito, tecnologia da informação, estatística, psicologia, serviço social e comunicação social.
No primeiro processo seletivo foram 6.574 inscritos. Dos aprovados, 114 residentes foram efetivamente nomeados, fortalecendo as equipes do MPDFT com novas ideias, energia e disposição para aprender. Com jornada de 30 horas semanais, bolsa de R$ 3 mil e auxílio-transporte, os participantes são acompanhados por tutores e têm até 36 meses de formação prática integrada, unindo ensino, pesquisa e extensão.

Construindo servidores do futuro

Para a residente de psicologia da Secretaria de Educação e Desenvolvimento Corporativo (Secor) Mariana Azevedo de Andrade, a residência surgiu como uma oportunidade de aprofundar conhecimentos, desenvolver habilidades práticas e, sobretudo, atuar na instituição a partir da perspectiva da psicologia. O desejo de retornar ao MPDFT nasceu ainda na época em que atuou como estagiária no setor psicossocial da Promotoria de Justiça de Brasília I, quando foi cativada pelo papel social do órgão e pela atuação significativa da equipe psicossocial.
Ao ser convocada, ela foi desafiada a atuar em uma área diferente daquela que imaginava: a Assessoria de Diagnóstico e Desenvolvimento Institucional (ADDIO), da Secor. “Tem sido uma experiência enriquecedora conhecer a atuação da consultoria de gestão no órgão e participar de iniciativas que visam promover maior eficiência nas entregas, aliadas à qualidade de vida dos servidores. Esses aprendizados se estendem para outras áreas da vida profissional, o que considero extremamente vantajoso”, conclui.
A promotora de justiça Laís Cerqueira, tutora na 5ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), ressalta o caráter formativo do programa. “A proposta, ao integrar ensino, pesquisa e extensão, proporciona uma formação sólida, tanto teórica quanto prática, e aproxima os residentes da realidade institucional”. A promotora destaca ainda o potencial transformador da vivência: “O programa prepara os residentes para concursos e outras oportunidades profissionais, ao mesmo tempo em que promove amadurecimento, senso crítico e uma compreensão mais ampla do papel do Ministério Público na sociedade”.
Experiência que aproxima e inspira
Muitos participantes relatam que, após a residência, se sentem mais preparados e motivados para buscar uma vaga efetiva no serviço público. Para muitos, inclusive, a residência foi a porta de entrada no mercado de trabalho logo após a formação acadêmica, rompendo o ciclo que muitos jovens vivem de um hiato entre se formar e não conseguir emprego pela falta de experiência.
É o caso de Áurea Vieira de Araújo, ex-residente da Secretaria de Comunicação do MPDFT, que encontrou no programa uma oportunidade transformadora. “Foi na residência que tive minha primeira experiência profissional depois da graduação. E viver isso no MPDFT foi muito valioso, porque pude trabalhar com uma comunicação que realmente faz sentido, voltada para prestar um serviço à sociedade”, destaca.

“O mais especial foi estar em um ambiente onde as pessoas me apoiaram. As servidoras entendiam meu objetivo e me incentivaram. Quando fui nomeada, comemoraram comigo. Isso faz toda a diferença. No serviço público, você encontra quem te entende e te motiva, e o MPDFT foi fundamental para que eu alcançasse meu maior objetivo: também me tornar servidora pública”, conclui.
O futuro da residência no MPDFT já está em construção. Entre os próximos passos estão a consolidação da certificação em parceria com a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), o lançamento de novos editais e o aprimoramento contínuo dos processos pedagógicos. A meta é tornar o programa uma política permanente de formação profissional no Ministério Público.

A expectativa, de acordo com ela, é que o programa siga em aprimoramento. “Tudo isso nos enche de orgulho e reforça o nosso compromisso em dar continuidade ao programa, sempre com aprimoramentos e novas modelagens. Queremos que ele siga como uma referência, não só cumprindo as diretrizes do CNMP e do STF, mas também servindo de inspiração para outras instituições públicas”, ressalta.
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