Lições de vida são ensinadas todas as semanas a jovens da rede pública de ensino de Planaltina que participam do programa "Tribunal do Júri: uma lição de vida".
Eles assistem aos julgamentos realizados no fórum da cidade para conhecerem, de perto, as consequências da criminalidade. O sucesso dessa iniciativa resultou na institucionalização do projeto, no ano de 2011, pela atual Administração Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Segundo a Procuradora-Geral de Justiça do DF e Territórios, Eunice Carvalhido, as avaliações e os resultados obtidos justificam a regulamentação do projeto. "Além de contribuir para a defesa dos direitos e interesses coletivos da criança e do adolescente, a ação ajuda a divulgar o papel institucional do MPDFT ao permitir que os jovens conheçam, de perto, a função exercida pelo Promotor de Justiça no plenário do Tribunal do Júri", explica.
Iniciado, em 2009, pela Promotora de Justiça Vivian Barbosa Caldas, o projeto "Tribunal do Júri: uma lição de vida" já recebeu 2.804 alunos maiores de 16 anos, da rede pública de ensino de Planaltina. Segundo dados da Polícia Civil, os jovens de 16 a 30 anos são os mais atingidos pela violência. "Em Planaltina existe o problema das guerras de gangues e os adolescentes são as maiores vítimas. Essa é a faixa etária em que mais se mata e mais se morre", alerta a Promotora de Justiça Vivian Caldas.
Para possibilitar a expansão do projeto para outros Tribunais do Júri, foi criado um manual de orientações com todos os passos necessários para a implantação e avaliação da iniciativa.
Aproximar o MPDFT do cidadão tem sido uma busca constante da atual Administração Superior da Instituição. Para isso, apoia os trabalhos sociais liderados por Procuradores e Promotores de Justiça.
Taguatinga adere ao programa "Tribunal do Júri: Uma Lição de Vida"
Em agosto de 2013, a Promotoria de Justiça de Taguatinga aderiu ao projeto "Tribunal do Júri: Uma Lição de Vida". O julgamento que inaugurou essa participação foi assistido por 92 alunos de 9º ano do Centro de Ensino Fundamental nº 16, de Taguatinga, além de cinco professoras. Eles presenciaram a condenação de um acusado, por crime de homicídio qualificado, a pena de 11 anos e 8 meses de prisão, em regime inicial fechado.
O coordenador administrativo da PJ de Taguatinga, promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende, destacou que a iniciativa é uma oportunidade para que os estudantes possam conhecer de perto os resultados danosos do crime. "Espero que esse projeto possa refletir na vida adulta desses jovens, que puderam presenciar que toda conduta tem uma resposta", explicou. "E também uma oportunidade para eles aprenderem mais sobre a função do juiz, do promotor de Justiça, do advogado e dos jurados no Plenário do Júri", acrescentou.