Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Autódromo Nelson Piquet: força-tarefa do MPDFT ajuíza primeira ação penal contra gestores públicos

MPDFT

Menu
<

Ex-presidentes da Novacap e da Terracap são acusados de crime contra a Lei de Licitações, com pena prevista de dois a quatro anos de detenção e multa

Gestores públicos utilizaram-se de meios ilegais para a reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília. O objetivo era receber a Fórmula Indy, prevista para 8 de março de 2015. Investigação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) constatou que o contrato firmado entre o governo local e a empresa Basevi Construções S/A para manutenção das vias públicas da cidade, que seria para tapar buracos, foi estendido para reformar a pista do autódromo. Tal atitude desrespeitou decisão do Tribunal de Contas do DF (TCDF), que suspendeu o edital para contratar empresa para a reforma. Diante disso, o MPDFT ajuizou ação penal contra o ex-presidente da Novacap Nilson Martorelli e a ex-presidente da Terracap Maruska Lima de Souza Holanda, incursos no crime previsto no artigo 92 da Lei de Licitação.

Histórico – Em junho de 2013, a Terracap assinou contrato com a empresa Apex Circuit Design Ltda. no valor de € 305 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) para a elaboração de estudos técnicos e de viabilidade para a reforma e a adequação do Autódromo Internacional Nelson Piquet às normas internacionais de segurança para eventos automobilísticos. Em setembro de 2014, novo contrato foi firmado, no valor de R$ 7 milhões, para serviços técnicos de consultoria especializada com a empresa Rígido Engenharia Ltda, e outro de R$ 37 milhões com a Emissora Band para a realização da Fórmula Indy em Brasília.

No mesmo mês, foi celebrado convênio para a alocação de recursos da Terracap à Novacap e para execução da obra de reforma e adequação do autódromo no valor estimado de R$ 312 milhões. Em razão disso, em outubro de 2014, a Novacap lançou edital de concorrência para a execução da reforma. Entretanto, o TCDF apontou um sobrepreço de mais de R$ 30 milhões e suspendeu o certame (Decisão nº 5528/2014 – Processo TCDF nº 28628/2014). Para os promotores de Justiça do MPDFT, os gestores agiram de forma a burlar a decisão do TCDF, pois o contrato de recapeamento de vias públicas foi estendido para reformar o autódromo. Além disso, houve nova tentativa de descumprir a decisão do TCDF, ao dividir o objeto da concorrência por meio de pregão, que também foi suspenso.

Após constatar o início das obras, em dezembro de 2014, o MPDFT recomendou ao governo a sua suspensão, o que foi atendido. A execução irregular da reforma gerou gastos de mais de R$ 7 milhões. Desse valor, R$ 1 milhão já foi repassado à empresa. “Essas despesas foram geradas em razão da conduta delitiva dos acusados. A importância deverá ser ressarcida, bem como eventuais valores despendidos posteriormente, o que será objeto de futura ação de civil pública de improbidade administrativa”, afirmam os promotores de Justiça na ação. No entendimento do MPDFT, a conduta dos acusados gerou grave prejuízo, porque a execução da obra ficou inacabada e o bem público ainda encontra-se em situação de depreciação, pois a empresa Basevi iniciou os serviços no local, inclusive com a demolição da antiga estrutura.

Clique aqui para ler a íntegra da ação.

Processo: 2015.01.1.126440-8

Leia mais

Força-tarefa do MPDFT recomenda ao GDF não pagar despesas com reforma do Autódromo Nelson Piquet
MPDFT obtém liminar que impede destinação de verba pública do DF para Fórmula Indy
MPDFT obtém bloqueio de bens do ex-governador do DF Agnelo Queiroz e de mais quatro pessoas

Secretaria de Comunicação
(61) 3343-9601 / 3343-9220 / 99303-6173
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
facebook.com/mpdftoficial
twitter.com/mpdft
youtube.com/mpdftoficial
instagram.com/mpdftoficial

.: voltar :.