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Fausto Rodrigues de Lima
Promotor de Justiça de Brasília
Em Atração fatal (1987), o personagem de Glenn Close barbariza a vida do pretenso amante (Michael Douglas) e de sua família. O recém-lançado Obsessiva, estrelado por Beyoncé, repisa a mesma história. Sobre o tema, nada de novo. Porém, há algo incomum na película: o galã (Idris Elba) é negro, bem-sucedido e "respeitável". O que mais chama a atenção, porque foge aos padrões culturais, é que ele não é o "palhaço" da história, destacado para divertir os demais. Seu personagem é racional, sério e sedutor. O galã negro arrasa o coração (ou a libido) das mulheres e até de seu secretário. A ele é garantida a "dignidade masculina" geralmente reservada aos personagens brancos (olhos azuis?). Nunca assisti a um filme em que o negro foi colocado num patamar tão "digno".
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça
A ideia de "sociedade" é marcada pelo signo do número, e não sem uma boa razão. Quando pensamos no assunto, descartamos que a "sociedade" possa se constituir em uma única pessoa, ou uma família, ainda que extensa, ou em agrupamentos perfeitamente destacáveis, como "advogados", "feministas", "fãs de música baiana" ou "torcedores do Botafogo".