Em alusão ao dia da Luta Contra a Discriminação Racial, celebrado nesta terça-feira, 21 de março, o Núcleo de Direitos Humanos (NDH) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), promove, em suas redes sociais, campanha de cunho educativo, que traz à tona os desafios da população negra. A proposta é tratar da conscientização racial e refletir sobre a importância da promoção da igualdade na ocupação de espaços na sociedade.
O material faz menção a espaços de relevância que ficaram conhecidos pela pouca representatividade e diversidade. É o caso de protagonistas de livros infantis, príncipes e princesas de contos de fadas, modelos nas passarelas e atores ou atrizes de novelas e filmes. “A fim de alcançarmos uma sociedade mais justa e igualitária, como preconiza a constituição, é imprescindível nos conscientizarmos da falta de representatividade negra em locais de relevância em nossa comunidade e, assim, adotarmos medidas para que essa incongruência seja extirpada definitivamente”, diz a promotora de Justiça Polyanna Silvares.
“É importante, sobretudo na data de hoje, relembrarmos a perversidade do racismo e a necessidade de todos nós, negros e não negros, termos posturas antirracistas no cotidiano”, completa a promotora de Justiça. De acordo com ela, a ideia da campanha é estimular o engajamento e a reflexão da comunidade em ações relacionadas à diversidade de raça por meio das postagens.
A data, que é marcada em todo o mundo por reflexões sobre a importância do respeito às diferenças e à valorização da diversidade étnica, racial e cultural, relembra o dia 21 de março de 1960, quando 69 manifestantes foram mortos nas ruas de Sharpeville, em Joanesburgo, na África do Sul. Nesse dia, mais de 20 mil pessoas protestavam contra o Apartheid, regime de segregação racial que vigorou no país entre 1948 e 1994. Dez anos após o massacre de Sharpeville, a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia para recordar a luta e os desafios dos negros em todo o mundo.
Núcleo de Enfrentamento à Discriminação
A campanha das redes sociais dá destaque, ainda, ao papel do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), do MPDFT, que atua no fomento e acompanhamento da implementação e execução de políticas públicas para a conscientização da necessidade de se combater todas as formas de discriminação - racial, religiosa, por origem, por orientação sexual e identidade de gênero, entre outras.
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