Integrantes da Promotoria de Justiça do Núcleo Bandeirante e voluntários entregaram, na última quinta-feira, 25 de maio, 20 sacos de dormir para pessoas em situação de rua. Os casulos, como são chamados pelos criadores da iniciativa, foram confeccionados com recursos de medidas alternativas direcionados para a Casa da Mãe Preta do Brasil.
As peças são leves, feitas em tecido impermeável, têm baixa flamabilidade e transformam-se em uma sacola quando fechadas. São construídas com três camadas de materiais, que proporcionam isolamento térmico e conforto. Os R$ 5.300 encaminhados pela Promotoria de Justiça permitiram a confecção dos 20 casulos. As costureiras voluntárias trabalharam na oficina de costura do Museu Vivo da Memória Candanga, que tem máquinas industriais adequadas para esse tipo de produção.
Para o promotor de Justiça Diógenes Lourenço, a iniciativa aproxima o Ministério Público da sociedade e permite que as medidas alternativas beneficiem os grupos mais vulneráveis. “Temos ouvido a comunidade e seus representantes para que esses recursos sejam canalizados para objetivos definidos pela própria população”, enfatiza.
Além dos valores em dinheiro, também são encaminhados às instituições parceiras autores de fatos para a prestação de serviço comunitário. O resultado supera as expectativas: uma das costureiras, após cumprir as horas previstas no acordo com o Ministério Público, tornou-se voluntária do projeto.
Iniciativa
O “Casulos pra rua” surgiu em São Paulo e foi trazido ao Distrito Federal em 2021 pela arquiteta Júlia Pacheco, que forneceu o modelo usado pela Casa da Mãe Preta do Brasil. O projeto arrecada recursos para a produção das peças e entrega os casulos prontos para instituições que atendem pessoas em situação de rua. Interessados em colaborar podem entrar em contato pelo Instagram.
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