MPDFT denunciou Reriton Gomes, em 22 de maio, poucos dias após o crime, por feminicídio qualificado.
A Promotoria de Justiça atuante no Tribunal do Júri de Samambaia obteve a condenação de Reriton Gomes a 31 anos e 6 meses de prisão em regime inicial fechado, pelo feminicídio praticado contra sua ex-companheira, Gabriela Bispo. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira, 6 de dezembro. O réu é acusado de matar a vítima, sua ex-companheira, com 47 facadas e fugir com o filho do casal, de 3 anos, que presenciou o crime.
O Tribunal do Júri aceitou as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), de homicídio qualificado, praticado contra a mulher, em contexto de violência doméstica e familiar (feminicídio) por motivo torpe e emprego de meio cruel.
Para o promotor de Justiça Tiago Maia, a condenação reforça a reprovação social do crime de feminicídio e o empenho do Ministério Público e do Sistema de Justiça em dar uma resposta célere para a sociedade. “Mais uma vez a Justiça cumpre seu papel no sentido de defender o direito básico das mulheres à vida. Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas cada condenação por feminicídio é um passo na direção de uma sociedade segura para todos viverem com dignidade e segurança”, afirma.
Entenda o caso
Em 9 de maio, o homem foi até a casa da ex-companheira, Gabriela Bispo, em Samambaia Sul. Inconformado com o fim do relacionamento, Reriton a atingiu com 47 golpes de faca na frente do filho. Após ferir a companheira, o acusado saiu, trancou a porta e se desfez da chave, enquanto a vítima ainda estava com vida, com o propósito de dificultar que ela fosse socorrida. Após o crime, ele fugiu a pé com o filho do casal, um menino autista de 3 anos. O acusado se entregou à polícia e ficou preso preventivamente até a data do julgamento.
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