Verba para a produção das peças é oriunda de ANPP firmado pelo Ministério Público. Foram produzidos 2 mil kits
Ao todo, foram 2 mil kits com roupas para bebês. Desse total, 1,2 mil foram entregues no Hmib. O restante será destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade e também a outras unidades hospitalares da rede pública.
Para a produção das peças, foram usados 600 kg de tecido, comprados ao custo aproximado de R$ 20 mil. A verba é oriunda de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) firmado pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) com investigados por crimes de menor gravidade.
Costurando o futuro
Os reeducandos que produziram as roupas foram capacitados em costura na unidade prisional por meio do projeto "Costurando o futuro", que já teve cinco turmas, alcançando cerca de 150 custodiados. A iniciativa, realizada em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), oferece aos apenados a oportunidade de exercer uma atividade profissional, melhorando a autoestima e aumentando as chances de reintegração à sociedade e ao mercado de trabalho.
A promotora de justiça Lenna Daher, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), celebrou a doação. “A destinação de recursos de acordos penais ao sistema penitenciário permite contribuir não só com a ressocialização dos presos. Para a pessoa beneficiada com medidas alternativas, é muito importante perceber que sua prestação pecuniária repercute em melhorias no sistema de justiça. O objetivo final de toda essa cadeia é reparação à sociedade, com a reversão dos bens produzidos com esses recursos para famílias em situação de vulnerabilidade”, disse.
Para a promotora de justiça do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) Vanessa Farias, a ressocialização dos presos é um desafio que exige o esforço conjunto de toda a sociedade. “Precisamos entender que a privação de liberdade não deve ser sinônimo de exclusão permanente. Pelo contrário, deve ser uma oportunidade para reabilitação e reintegração. Projetos como este demonstram que, com apoio e oportunidades, é possível transformar vidas e reduzir a reincidência criminal. As mães que recebem essas doações não estão apenas recebendo roupas, mas também um símbolo de esperança e solidariedade", comentou.
Também estiveram presentes o promotor de justiça Eduardo Gazzinelli, da Prodep; a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha; a secretária de saúde, Lucilene Florêncio; o secretário de administração penitenciária, Wenderson Souza e Teles, e a juíza da Vara de Execuções Penais, Leila Cury.
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