Iniciativa leva estudantes da rede pública a vivenciar a rotina de autoridades. Na Promotoria de Santa Maria, Beatriz Guerra acompanhou a promotora Luciana Asper em um dia de atividades oficiais.

Trocar a sala de aula por uma mesa de decisões. Foi assim que a estudante Beatriz Guerra do Nascimento, 18 anos, viveu uma tarde diferente no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Aluna do 3º ano do Centro de Ensino Médio Setor Oeste (CEMSO), ela acompanhou de perto a rotina da promotora de justiça Luciana Asper no âmbito do projeto “Meninas em Ação”, iniciativa da Secretaria de Assuntos Internacionais do GDF em parceria com diversas instituições.

Com a elegância de um terninho e com brilho de autoridade no olhar, Beatriz participou de atividades que mostraram a complexidade e a relevância do trabalho da promotora de justiça. A partir das 8h, ela participou das atividades festivas do dia D do projeto NaMoral, no CEF 03 em Planaltina. As duas almoçaram juntas e, à tarde, Beatriz acompanhou estudantes na Coordenadoria das Promotorias de Justiça para ver de perto o programa Promotor por Um Dia. Além disso, pôde trocar ideias, compartilhar experiências e aprender mais com Luciana Asper sobre a carreira que sonha em seguir: a de promotora de justiça.

Entre uma explicação e outra, a jovem anotava tudo, atenta às conversas e às responsabilidades de quem atua na defesa da sociedade. A experiência, segundo ela, é um incentivo para pensar no futuro e acreditar que os sonhos podem ganhar novos rumos. “No começo eu fiquei meio perdida, sem saber muito bem o que era, mas aí fui pesquisando, fui vendo o empoderamento das outras meninas e fui me interessando também. Surgiu a oportunidade de estar com a promotora Luciana e foi maravilhoso, porque ela é uma pessoa em quem me inspiro e que inspira a carreira que eu quero seguir.”

Inspiração e liderança

Antes mesmo de chegar ao gabinete, Beatriz já havia pesquisado sobre a promotora de justiça que iria acompanhar. Descobriu a atuação de Luciana Asper nas escolas, pelo projeto NaMoral, e se identificou de imediato. “Ela tem projetos muito interessantes e isso me encantou. A parte que eu mais gostei foi quando visitamos uma escola em Planaltina. O lançamento do dia D por lá foi simplesmente sensacional”.

Luciana Asper, por sua vez, destacou a relevância de abrir espaço para que jovens mulheres ocupem temporariamente cadeiras de liderança. “Eu aceitei com muita alegria esse convite para participar do "Meninas em Ação", porque acredito que um dos maiores privilégios de ser autoridade é poder servir e influenciar de verdade. Ser um exemplo de novidades para aqueles que um dia irão ocupar cargos, mas sempre com o sentido de servir a população com excelência. Temos propósitos afins e percebo que a minha perseverança em insistir no caminho de transformar realidades deixaram sementes de esperança na Beatriz.”

Mais que um dia: um convite ao futuro

O “Meninas em Ação” nasceu em março de 2025, inspirado no movimento internacional #GirlsTakeover, que desde 2016 promove o protagonismo feminino em espaços de poder. Instituído pelo Decreto nº 47.081/2025, o projeto leva alunas da rede pública para viver, por um dia, a rotina de autoridades do GDF, de missões diplomáticas e do setor empresarial. O objetivo é simples e poderoso: despertar vocações, estimular a confiança e mostrar que liderança não tem idade nem gênero

Beatriz não escondeu a empolgação. Para ela, o encontro foi um divisor de águas: uma chance de enxergar o que parecia distante e perceber que o futuro pode ser construído passo a passo. “Tudo o que vivi hoje vai ser fundamental para a carreira que eu quero seguir. Pude realmente experimentar aquilo que desejo para o meu futuro. Isso com certeza me motivou a buscar ainda mais os meus sonhos e me dedicar ao que eu quero ser. Eu quero ser promotora, como a doutora Luciana.”

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