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Adolf Hitler era vegetariano. Esse fato chama a atenção, já que ele foi um governante cruel e cruento, responsável pelo ocídio de milhões de seres humanos e, ao mesmo tempo, incapaz de aceitar o sacrifício de bicho para um fim útil, o alimentício. Certo? Bem, se você pesquisar na internet, vai achar diversos sítios garantindo que o Führer não era vegetariano coisa nenhuma; há riqueza de informações nesse sentido, que acabam convencendo ou, pelo menos, confundindo.
Karl Popper dizia que o paradigma da realidade é alguma coisa que uma criança possa pegar e colocar na boca. Mesmo entre adultos, o conhecimento é familiar quando seu objeto é diretamente percebido, ou seja, visto, manipulado, domesticado, transformado, haurido, até estragado, destruído, comido. Temos dificuldade para lidar com coisas minúsculas, como seres microscópicos, ou imensas, como planetas distantes, o que somente pode ser compreendido por fórmulas matemáticas com muitas potências ou unidades de medida excessivamente artificiais. Aqui, as palavras já não definem com precisão os substantivos nem seus adjetivos: afinal, a expressão “planetas distantes” não se aplica a Júpiter e a Netuno, tal e qual.