O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
De início, Dr. Mundinho Falcão e coronel Ramiro Bastos tratavam-se com cordialidade e protestos de amizade, como recomendava a etiqueta dos homens públicos poderosos. Mas este vislumbrava naquele um inimigo. Acusava-o abertamente de “forasteiro”, de estar se metendo onde não era chamado. Muito o desagradava o fato de não lhe fazer “bobbing”, ou seja, não se humilhar diante de sua autoridade constituída. Ao contrário, Mundinho começou a executar uma série de coisas à revelia da vontade e até do conhecimento prévio do rival.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Se estivesse fazendo sol, às 10h em ponto, coronel Ramiro Bastos, chapéu panamá na cabeça e bengala de castão de ouro na mão, caminhava lenta, mas firmemente, em direção à praça da intendência. Sentava-se em um banco, “quentava sol”, via o movimento e era visto. O local ficava em frente à sua casa e havia sido ajardinado em um de seus governos. Era o mais belo logradouro de Ilhéus.