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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
João Pessoa, como todos sabem, é a capital do estado da Paraíba. Mas foi uma pessoa de carne e osso. Foi um político que, eleito governador, tentou fazer mudanças na administração dos negócios dos coronéis do interior, produtores, sobretudo, de algodão. O escoamento da colheita era feito por Recife. Ele quis canalizar o despacho do produto pela via dos portos da capital e de Cabedelo, garantindo assim o recolhimento de impostos. Houve resistência e até violência, o que culminou com a chamada “Revolta de Princesa”, nome dado em razão da aprazível e agradabilíssima cidade de Princesa Isabel, localizada nas proximidades da fronteira com Pernambuco.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Episódio na vida real parecido com o da barra de Ilhéus de “Gabriela” ocorreu na Paraíba: o assassinato de João Pessoa, em 1930. Antes de relembrá-lo, vamos recapitular que um dos pontos mais agudos do embate entre Ramiro Bastos e Mundinho Falcão dizia respeito ao escoamento de cacau, bem cobiçado pelos mercados dos EUA e Europa. Ele tinha que ser levado até Salvador, o que o encarecia pelos custos de transporte (precários) e geração de tributos que favoreciam a região exportadora, não a produtora.